Gênesis Capítulo 21



 


PENTATEUCO – O LIVRO DE GÊNESIS

Escola Teológica Aberta Para Centros Educacionais de Jovens e Adultos

Caldas Novas, GO – Brasil

Projeto/Instruções Bíblicas

Evangelista Demétrio

 

Gênesis 21

 

O NASCIMENTO DE ISAQUE

 

1 E o SENHOR visitou a Sara, como tinha dito; e fez o SENHOR a Sara como tinha prometido.

2 E concebeu Sara, e deu a Abraão um filho na sua velhice, ao tempo determinado, que Deus lhe tinha falado.

3 E Abraão pôs no filho que lhe nascera, que Sara lhe dera, o nome de Isaque.

4 E Abraão circuncidou o seu filho Isaque, quando era da idade de oito dias, como Deus lhe tinha ordenado.

5 E era Abraão da idade de cem anos, quando lhe nasceu Isaque seu filho.

6 E disse Sara: Deus me tem feito riso; todo aquele que o ouvir se rirá comigo.

7 Disse mais: Quem diria a Abraão que Sara daria de mamar a filhos? Pois lhe dei um filho na sua velhice.

8 E cresceu o menino, e foi desmamado; então Abraão fez um grande banquete no dia em que Isaque foi desmamado.

9 E viu Sara que o filho de Agar, a egípcia, o qual tinha dado a Abraão, zombava.

10 E disse a Abraão: Ponha fora esta serva e o seu filho; porque o filho desta serva não herdará com Isaque, meu filho.

11 E pareceu esta palavra muito má aos olhos de Abraão, por causa de seu filho.

12 Porém Deus disse a Abraão: Não te pareça mal aos teus olhos acerca do moço e acerca da tua serva; em tudo o que Sara te diz, ouve a sua voz; porque em Isaque será chamada a tua descendência.

13 Mas também do filho desta serva farei uma nação, porquanto é tua descendência.

14 Então se levantou Abraão pela manhã de madrugada, e tomou pão e um odre de água e os deu a Agar, pondo-os sobre o seu ombro; também lhe deu o menino e despediu-a; e ela partiu, andando errante no deserto de Berseba.

15 E consumida a água do odre, lançou o menino debaixo de uma das árvores.

16 E foi assentar-se em frente, afastando-se à distância de um tiro de arco; porque dizia: Que eu não veja morrer o menino. E assentou-se em frente, e levantou a sua voz, e chorou.

17 E ouviu Deus a voz do menino, e bradou o anjo de Deus a Agar desde os céus, e disse-lhe: Que tens, Agar? Não temas, porque Deus ouviu a voz do menino desde o lugar onde está.

18 Ergue-te, levanta o menino e pega-lhe pela mão, porque dele farei uma grande nação.

19 E abriu-lhe Deus os olhos, e viu um poço de água; e foi encher o odre de água, e deu de beber ao menino.

20 E era Deus com o menino, que cresceu; e habitou no deserto, e foi flecheiro.

21 E habitou no deserto de Parã; e sua mãe tomou-lhe mulher da terra do Egito.

22 E aconteceu naquele mesmo tempo que Abimeleque, com Ficol, príncipe do seu exército, falou com Abraão, dizendo: Deus é contigo em tudo o que fazes;

23 Agora, pois, jura-me aqui por Deus, que não mentirás a mim, nem a meu filho, nem ao filho de meu filho; segundo a beneficência que te fiz, me farás a mim, e à terra onde peregrinaste.

24 E disse Abraão: Eu jurarei.

25 Abraão, porém, repreendeu a Abimeleque por causa de um poço de água, que os servos de Abimeleque haviam tomado à força.

26 Então disse Abimeleque: Eu não sei quem fez isto; e também tu não me fizeste saber, nem eu o ouvi senão hoje.

27 E tomou Abraão ovelhas e vacas, e deu-as a Abimeleque; e fizeram ambos uma aliança.

28 pôs Abraão, porém, à parte sete cordeiras do rebanho.

29 E Abimeleque disse a Abraão: Para que estão aqui estas sete cordeiras, que puseste à parte?

30 E disse: Tomarás estas sete cordeiras de minha mão, para que sejam em testemunho que eu cavei este poço.

31 Por isso se chamou aquele lugar Berseba, porquanto ambos juraram ali.

32 Assim fizeram aliança em Berseba. Depois se levantou Abimeleque e Ficol, príncipe do seu exército, e tornaram-se para a terra dos filisteus.

33 E plantou um bosque em Berseba, e invocou lá o nome do Senhor, Deus eterno.

34 E peregrinou Abraão na terra dos filisteus muitos dias.

 

Forçosamente, devo inserir aqui as seguintes lucubrações de Balaão: “Deus não é homem para que minta, nem filho do homem para que se arrependa; havendo ele dito não o fará? E havendo prometido não cumprirá?” (Nm 23.19). Mais a narrativa de Paulo onde ele garante que cada uma das promessas de Deus vem com o seu sim e, por ele, um amém (II Co 1.20). É este o caso deste capítulo em apreço, que inicia dizendo o seguinte: — E o SENHOR visitou a Sara, como tinha dito; e fez o SENHOR a Sara como tinha prometido. E concebeu Sara, e deu a Abraão um filho na sua velhice, ao tempo determinado, que Deus lhe tinha falado” (vv 1,2); Deus sempre cumpre tudo que promete. A Bíblia é o livro das promessas! Alguns eruditos dizem que são: trinta e duas mil promessas – num único livro – o Livro dos livros. O único livro do mundo onde não se acham mentiras, o livro que reúne em si mais verdades que em todos os outros (juntos). Promessa feita: — “por este tempo, daqui a um ano retornarei a ti; e Sara tua esposa terá um filho”; promessa cumprida. Isaque nasceu realmente no ano seguinte no mesmo período que o Soberano dos céus vaticinou!

 

Imagine a festa de recepção daquele bebê, filho de um pai rico, de cem anos, com uma mãe de noventa… circuncidou-o ao oitavo dia conforme Deus havia exigido dele (naquele acordo/Gn 17); outra festa, ainda maior no dia em que o garoto foi desmamado… mas, nem tudo é festa – nem sempre a que se falar em realizar banquetes! Os dissabores veem, e trazem consigo lágrimas, tristezas, despedidas… expatrio! Ismael, que já tinha seus… quatorze anos de idade, começou a zombar do irmão pequeno – obviamente isso deixou Sara um pouco… chateada. É assim mesmo que acontece: — “Porque a nossa carne cobiça contra o nosso espírito e o espírito contra a carne e ambos se opõem um ao outro para que vocês não façam o que querem” (Gl 5.17); Sara… que agora era uma princesa e, como tal, deveria agir com a maior elegância possível – também tinha nela as obras da carne: alguns hábitos dos velhos tempos de Sarai (contenciosa). Então, agiu como se esperava dela enquanto mãe e enquanto patroa: — Ponha fora esta serva e o seu filho; porque o filho desta serva não herdará com Isaque, meu filho. E pareceu esta palavra muito má aos olhos de Abraão, por causa de seu filho. Porém Deus disse a Abraão: Não te pareça mal aos teus olhos acerca do moço e acerca da tua serva; em tudo o que Sara te diz, ouve a sua voz; porque em Isaque será chamada a tua descendência. Mas também do filho desta serva farei uma nação, porquanto é tua descendência” (vv 10-13). — Não se preocupe, faça o que tua esposa está… mandando e deixe que eu cuide do futuro de teu filho – com esta funcionária (egípcia). Diante dessa premissa, Abraão se levantou na madrugada seguinte, preparou uma boa quantidade de alimentos e um odre d’ água e, mandou embora a Agar com seu filho Ismael (deserdando-o).

 

Mais uma vez Deus fez questão de honrar sua promessa outorgada ao seu fiel servo Abraão, pois, esgotada a água do odre de Agar e, quando o garoto já não mais suportava de tanta sede… sua mãe só conseguiu vislumbrar uma saída: “sair de perto para não assistir sua morte” (vv 15,16); sentou-se… “à distância de um tiro de arco”, vamos acordar esta distância em 125m, haja vista que se trata de: Medida de espaço na antiguidade que equivalente hoje entre 100 a 150m. – entre 100 e 150 a média é 125m. “Ergue-te, levanta o menino e o pegue pela mão, porque dele farei uma grande nação. E abriu-lhe Deus os olhos, e viu um poço de água; e foi encher o odre de água, e deu de beber ao menino. E era Deus com o menino, que cresceu; e habitou no deserto, e foi flecheiro. E habitou no deserto de Parã; e sua mãe tomou-lhe mulher da terra do Egito” (vv 18-21). Da aparente demanda em sequência entre Abimeleque e Abraão eu quero apenas destacar o seguinte pedido de Abimeleque: “jura-me que não mais mentirá para mim…”

— Sa cume… “gato escaldado…”; aquele… “ela é minha irmã” ainda estava na lembrança de Abimeleque; uma vez que quase lhe custou a vida.

 

A gente se fala depois!

 

Até breve.

 

Demétrio.

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