Gênesis Capítulo 49



 


 

PENTATEUCO – O LIVRO DE GÊNESIS

Escola Teológica Aberta Para Centros Educacionais de Jovens e Adultos

Caldas Novas, GO – Brasil

Projeto/Instruções Bíblicas

Evangelista Demétrio

 

Gênesis 49

 

 “O cetro não se arredará de Judá, nem o legislador dentre seus pés, até que venha Siló; e a ele se congregarão os povos” (49.10).

 

 

Diante de sua iminente morte, Jacó mandou que reunissem os seus filhos e lhes disse o seguinte: “Ajuntai-vos, e anunciar-vos-ei o que vos há de acontecer nos dias vindouros; Ajuntai-vos, e ouvi filhos de Jacó; e ouvi a Israel vosso pai” (vv. 1,2). E prosseguiu…

— Rúben tinha todos os requisitos necessários que se espera de um filho primogênito. Força, saúde, excelência, autoridade (poder). No entanto, afoito demais, contaminou o leito de seu pai ao se deitar nele com Bila – a concubina do velho. Como punição ele perdeu a primogenitura.

“Simeão e Levi são irmãos; as suas espadas são instrumentos de violência. No seu secreto conselho não entre minha alma, com a sua congregação minha glória não se ajunte; porque no seu furor mataram homens, e na sua teima arrebataram bois. Maldito seja o seu furor, pois era forte, e a sua ira, pois era dura; eu os dividirei em Jacó, e os espalharei em Israel” (vv. 5-7). Como eu disse, papai Jacó reprovou a atitude desses dois naquela ocasião em que destruíram toda a cidade de Siquém…; agora veio a sentença deles: — “Eu vou espalhar os descendentes de vocês entre as demais tribos…” (disse Jacó).

 

8 Judá, a ti te louvarão os teus irmãos; a tua mão será sobre o pescoço de teus inimigos; os filhos de teu pai a ti se inclinarão.

9 Judá é um leãozinho, da presa subiste, filho meu; encurva-se, e deita-se como um leão, e como um leão velho; quem o despertará?

10 O cetro não se arredará de Judá, nem o legislador dentre seus pés, até que venha Siló; e a ele se congregarão os povos.

11 Ele amarrará o seu jumentinho à vide, e o filho da sua jumenta à cepa mais excelente; ele lavará a sua roupa no vinho, e a sua capa em sangue de uvas.

12 Os olhos serão vermelhos de vinho, e os dentes brancos de leite.

 

— Por orientação de Deus, eu dei um destaque excepcional ao versículo 10 no prólogo, devido uma visão especial que está muito patente no contexto. Era de Rúben esse “cetro”; ou bastão da autoridade. Diferente dos cetros dos reis, o CETRO – vamos chamar de “cetro familiar” significara o domínio daquele filho sobre os demais. Rúben o perdeu (v. 2); José não tinha mais interesse e nem motivos para assumi-lo (embora o merecesse); Simeão e Levi eram violentos – não serviam; caiu – de bandeja – no… colo de Judá. Como já vimos, Judá reunia os predicados necessários ao cargo. Vimos sua habilidade, mansidão e humildade bem explícitas no capítulo 44. Além disso, não por acaso, “Judá” significa louvado. Tinha um plano divino nisso. Um não (dois). Vejamos:

— Enquanto ministrava àquelas bênçãos Jacó tivera a chance de decidir qual de seus filhos daria sequência à linhagem santa do Cristo “Siló”; então ele disse abertamente: “O Cristo virá da tribo de Judá” (filho de Léia). É o outro propósito: Deus quis de novo honrar à Léia, que… menos amada pelo marido, ainda lhe deu seis filhos homens mais a Diná. Bastaria depender da vontade de Jacó, aquele CETRO ninguém tomaria das mãos de José – filho de Raquel – seu grande amor! Isto está muito claro na narrativa sagrada. Mas Deus sabe o que faz. E obviamente, tomou a decisão em lugar de Jacó: — O bastão vai para Judá (v. 10). Historiadores dizem que: “No ano 11 da era cristã os judeus perderam, por ordenança do império romano, o direito de tomar as decisões mais importantes no seu tribunal; no caso, o Sinédrio; então os mais sábios do povo exclamaram: — Ai de nós, por que perdemos o bastão da autoridade, e o Messias não veio!” Eles não sabiam que o Messias estava caminhando livremente entre o povo, que no ano seguinte estaria na festa em Jerusalém a orientar os seus doutores (aos 12 anos de idade/Evangelho de Lucas/capítulo 2), e tampouco que o tratariam tão mal, levando-o à cruz. E Israel continuou abençoando aos seus filhos, na seguinte ordem: Zebulom, Issacar, Dã, Gade, Aser, Naftali (vv. 13-21). Mas, como ele amava José! Isto está bem escancarado a seguir:

 

22 José é um ramo frutífero, ramo frutífero junto à fonte; seus ramos correm sobre o muro.

23 Os flecheiros lhe deram amargura, e o flecharam e odiaram.

24 O seu arco, porém, susteve-se no forte, e os braços de suas mãos foram fortalecidos pelas mãos do Valente de Jacó (de onde é o pastor e a pedra de Israel).

25 Pelo Deus de teu pai, o qual te ajudará, e pelo Todo-Poderoso, o qual te abençoará com bênçãos dos altos céus, com bênçãos do abismo que está embaixo, com bênçãos dos seios e da madre.

26 As bênçãos de teu pai excederão as bênçãos de meus pais, até à extremidade dos outeiros eternos; elas estarão sobre a cabeça de José, e sobre o alto da cabeça do que foi separado de seus irmãos.

27 Benjamim é lobo que despedaça; pela manhã comerá a presa, e à tarde repartirá o despojo.

28 Todas estas são as doze tribos de Israel; e isto é o que lhes falou seu pai quando os abençoou; a cada um deles abençoou segundo a sua bênção.

 

— No entanto, José ficaria incompleto sem o seu irmão Benjamim; razão pela qual as bênçãos deles estão vinculadas aqui. Embora um dos mais completos tipos de Cristo, ninguém jamais reuniria em si todas as qualidades do Senhor! Nesse caso, gastou José e Benjamim para se aproximarem melhor das prerrogativas de Jesus. Assim, enquanto um deles faz o lado calmo, sereno, tranquilo e sofredor – ramo frutífero…, o outro é “lobo que despedaça”. Uma vez que, completo – só o Cristo!

 

29 Depois ordenou-lhes, e disse-lhes: Eu me congrego ao meu povo; sepultai-me com meus pais, na cova que está no campo de Efrom, o heteu,

30 Na cova que está no campo de Macpela, que está em frente de Manre, na terra de Canaã, a qual Abraão comprou com aquele campo de Efrom, o heteu, por herança de sepultura.

31 Ali sepultaram a Abraão e a Sara sua mulher; ali sepultaram a Isaque e a Rebeca sua mulher; e ali eu sepultei a Lia.

32 O campo e a cova que está nele, foram comprados aos filhos de Hete.

33 Acabando, pois, Jacó de dar instruções a seus filhos, encolheu os pés na cama, e expirou, e foi congregado ao seu povo.

 

A gente se fala depois!

Até breve.

Gênesis Capítulo 48


 

 

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Gênesis 48

 

1 E aconteceu, depois destas coisas, que alguém disse a José: Eis que teu pai está enfermo. Então tomou consigo os seus dois filhos, Manassés e Efraim.

2 E alguém avisou a Jacó, e disse: Eis que José teu filho vem a ti. E esforçou-se Israel, e assentou-se sobre a cama.

3 E Jacó disse a José: O Deus Todo-Poderoso me apareceu em Luz, na terra de Canaã, e me abençoou.

4 E me disse: Eis que te farei frutificar e multiplicar, e tornar-te-ei uma multidão de povos e darei esta terra à tua descendência depois de ti, em possessão perpétua.

5 Agora, pois, os teus dois filhos, que te nasceram na terra do Egito, antes que eu viesse a ti no Egito, são meus: Efraim e Manassés serão meus, como Rúben e Simeão;

6 Mas a tua geração, que gerarás depois deles, será tua; segundo o nome de seus irmãos serão chamados na sua herança.

7 Vindo, pois, eu de Padã, morreu-me Raquel no caminho, na terra de Canaã, havendo ainda pequena distância para chegar a Efrata; e eu a sepultei ali, no caminho de Efrata, que é Belém.

8 E Israel viu os filhos de José, e disse: Quem são estes?

9 E José disse a seu pai: Eles são meus filhos, que Deus me tem dado aqui. E ele disse: Peço-te, traga-os aqui, para que os abençoe.

10 Os olhos de Israel, porém, estavam carregados de velhice, já não podia ver; e fê-los chegar a ele, e beijou-os, e abraçou-os.

11 E Israel disse a José: Eu não cuidara ver o teu rosto; e eis que Deus me fez ver também a tua descendência.

12 Então José os tirou dos joelhos de seu pai, e inclinou-se à terra diante da sua face.

13 E tomou José a ambos, a Efraim na sua mão direita, à esquerda de Israel, e Manassés na sua mão esquerda, à direita de Israel, e fê-los chegar a ele.

14 Mas Israel estendeu a sua mão direita e a pôs sobre a cabeça de Efraim, que era o menor, e a sua esquerda sobre a cabeça de Manassés, dirigindo as suas mãos propositadamente, não obstante Manassés ser o primogênito.

15 E abençoou a José, e disse: O Deus, em cuja presença andaram os meus pais Abraão e Isaque, o Deus que me sustentou, desde que eu nasci até este dia;

16 O anjo que me livrou de todo o mal, abençoe estes rapazes, e seja chamado neles o meu nome, e o nome de meus pais Abraão e Isaque, e multipliquem-se como peixes, em multidão, no meio da terra.

17 Vendo, pois, José que seu pai punha a sua mão direita sobre a cabeça de Efraim, foi mau aos seus olhos; e tomou a mão de seu pai, para a transpor de sobre a cabeça de Efraim à cabeça de Manassés.

18 E José disse a seu pai: Não assim, meu pai, porque este é o primogênito; põe a tua mão direita sobre a sua cabeça.

19 Mas seu pai recusou, e disse: Eu o sei, meu filho, eu o sei; também ele será um povo, e também ele será grande; contudo o seu irmão menor será maior que ele, e a sua descendência será uma multidão de nações.

20 Assim os abençoou naquele dia, dizendo: Em ti abençoará Israel, dizendo: Deus te faça como a Efraim e como a Manassés. E pôs a Efraim diante de Manassés.

21 Depois disse Israel a José: Eis que eu morro, mas Deus será convosco, e vos fará tornar à terra de vossos pais.

22 E eu tenho dado a ti um pedaço da terra a mais do que a teus irmãos, que tomei com a minha espada e com o meu arco, da mão dos amorreus.

 

De tudo que o Espírito Santo me mostra neste capítulo, nada me admira mais que a simplicidade de Jacó evidenciada neste último versículo. Não é uma gracinha? Senão vejamos: — José estava rico quase tanto quanto o Faraó de sua época… era chefe de tudo e de todos no Egito… os egípcios sequer se moviam do lugar sem a sua aprovação! Então seu papai Israel, com a maior naturalidade, lhe diz: — “E eu tenho dado a ti um pedaço da terra a mais do que a teus irmãos”. O Livro de Deus é um espetáculo!

No capítulo de ontem (47) vimos o texto sagrado mencionar os anos da vida de Jacó, bem menos que Abraão e Isaque. Este (48) traz, no intróito: — “E aconteceu, depois destas coisas, que alguém disse a José: Eis que teu pai está enfermo. Então tomou consigo os seus dois filhos, Manassés e Efraim” (v. 1). E, sabendo que seu pai pretendia abençoar à família toda, os levou para receberem as devidas bênçãos de vovô Israel. De cama, mas fez um esforço extra onde conseguiu se sentar para receber o filho ilustre (v. 2). Ao mencionar que Manassés e Efraim passariam a lhe pertencer e ser contados entre os seus filhos, Jacó o fez de modo tão enfático que José não achou palavras para recusar à proposta – imperativa. No Oriente Médio pai é pai… Quem, como eu, prestou atenção ao último capítulo de “Caminho das Índias”, percebeu isso. A reverência de um filho diante do pai – que acabara de descobrir… é de admirar! É evidente que José não carecia e não quis herança alguma na terra de Canaã – não o chamamos José do Egito debalde, ele jamais pertenceu ao Egito, o Egito que fora digamos assim… dele, “Safenate-Panéia”. Diante disso, veio a proposta: — Nesse caso, Manassés e Efraim são meus; assim, na sabedoria de Deus, um representa José – que não tem a sua tribo e o outro à tribo de Levi que, enquanto sacerdotes, não seria contada entre os herdeiros de Canaã.

Então vieram os filhos de José para receber cada um a sua bênção. Como eu disse…, diferente de Isaque que projetou uma única bênção para um dentre dois filhos, Jacó tinha umas quatorze bênçãos; uma para cada filho, mais dois netos. Além é claro de abençoar a todos os demais, à filha Diná (inclusive), mas vamos aos que a Bíblia menciona – amanhã, se Deus quiser. Amanhã os filhos, que receberão cada um uma profecia sobre o futuro, pois, ainda neste capítulo deu tempo para que ele abençoasse os filhos de José – mencionando o menor antes do primogênito – de propósito (vv. 13-20).

 

 

A gente se fala depois!

Até breve.

Gênesis Capítulo 47



 


 

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Gênesis 47

 

 

1 Então veio José e anunciou a Faraó, e disse: Meu pai e os meus irmãos e as suas ovelhas, e as suas vacas, com tudo o que têm, são vindos da terra de Canaã, e eis que estão na terra de Gósen.

2 E tomou uma parte de seus irmãos, a saber, cinco homens, e os pôs diante de Faraó.

3 Então disse Faraó a seus irmãos: Qual é o vosso negócio? E eles disseram a Faraó: Teus servos são pastores de ovelhas, tanto nós como nossos pais.

4 Disseram mais a Faraó: Viemos para peregrinar nesta terra; porque não há pasto para as ovelhas de teus servos, porquanto a fome é grave na terra de Canaã; agora, pois, rogamos-te que teus servos habitem na terra de Gósen.

5 Então falou Faraó a José, dizendo: Teu pai e teus irmãos vieram a ti;

6 A terra do Egito está diante de ti; no melhor da terra faze habitar teu pai e teus irmãos; habitem na terra de Gósen, e se sabes que entre eles há homens valentes, os porás por maiorais do gado, sobre o que eu tenho.

7 E trouxe José a Jacó, seu pai, e o apresentou a Faraó; e Jacó abençoou a Faraó.

8 E Faraó disse a Jacó: Quantos são os dias dos anos da tua vida?

9 E Jacó disse a Faraó: Os dias dos anos das minhas peregrinações são cento e trinta anos, poucos e maus foram os dias dos anos da minha vida, e não chegaram aos dias dos anos da vida de meus pais nos dias das suas peregrinações.

10 E Jacó abençoou a Faraó, e saiu da sua presença.

— Jacó foi apresentar-se ao rei e lhe prestar suas homenagens, uma das primeiras perguntas de Faraó naturalmente foi: ‘quantos são os anos de vossa sabedoria?’ E Israel lhe disse que tinha cento e trinta anos e, vendo que se admirava, disse que não era a dele uma vida longa, em comparação aos anos que tinham vivido seus predecessores. — “Faraó, depois de tê-lo recebido muito bem, determinou que ele fosse morar com os seus filhos em Ramessés, onde se estabeleciam os que se dedicavam ao ofício de pastores” (Flávio Josefo/A história dos hebreus/página 78/grifo nosso). A propósito: — Ainda observando o disposto na história dos hebreus (livro), a despeito de lermos neste capítulo que José comprou quase todas as terras do Egito para o estado…, passada a carestia, ele reuniu os devidos representantes de todas as cidades e lhes restituiu as terras, com uma lei geral de que deviam devolver ao Faraó 20% dos seus produtos, esta lei ainda persistia nos dias de Josefo – que viveu entre 37 e 103 d. C. muitos outros ‘faraós’ se beneficiaram dela.

 

26 José, pois, estabeleceu isto por estatuto, até ao dia de hoje, sobre a terra do Egito, que Faraó tirasse o quinto; só a terra dos sacerdotes não ficou sendo de Faraó.

27 Assim habitou Israel na terra do Egito, na terra de Gósen, e nela tomaram possessão, e frutificaram, e multiplicaram-se muito.

28 E Jacó viveu na terra do Egito dezessete anos, de sorte que os dias de Jacó, os anos da sua vida, foram cento e quarenta e sete anos.

29 Chegando-se, pois, o tempo da morte de Israel, chamou a José, seu filho, e disse-lhe: Se agora tenho achado graça em teus olhos, rogo-te que ponhas a tua mão debaixo da minha coxa, e usa comigo de beneficência e verdade; rogo-te que não me enterres no Egito,

30 Mas que eu jaza com os meus pais; por isso me levarás do Egito e me enterrarás na sepultura deles. E ele disse: Farei conforme a tua palavra.

31 E disse ele: Jura-me. E ele jurou-lhe; e Israel inclinou-se sobre a cabeceira da cama. Mas não faleceu – ainda. Ele tinha umas bênçãos para compartilhar antes de sua morte…

 

A gente se fala depois!

Até breve.

Gênesis Capítulo 46

 



 

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Gênesis 46

 

(Os israelitas que desceram ao Egito)

 

A contagem dos 430 anos que Israel passaria no Egito, conforme já dissemos em outro instante, iniciou quando Abrão e Sarai desceram ao Egito (1980 a. C/Gn 12.10-20), mesmo assim, não custa mencionar os que desceram com Jacó e permaneceram lá até o êxodo. O capítulo 46 se ocupa disso. Eis os seus nomes:

 

8 E estes são os nomes dos filhos de Israel, que vieram ao Egito, Jacó e seus filhos: Rúben, o primogênito de Jacó.

9 E os filhos de Rúben: Enoque, Palu, Hezrom e Carmi.

10 E os filhos de Simeão: Jemuel, Jamim, Oade, Jaquim, Zoar e Saul, filho de uma mulher cananéia.

11 E os filhos de Levi: Gérson, Coate e Merari.

12 E os filhos de Judá: Er, Onã, Selá, Perez e Zerá; Er e Onã, porém, morreram na terra de Canaã; e os filhos de Perez foram Hezrom e Hamul.

13 E os filhos de Issacar: Tola, Puva, Jó e Sinrom.

14 E os filhos de Zebulom: Serede, Elom e Jaleel.

15 Estes são os filhos de Lia, que ela deu a Jacó em Padã-Arã, além de Diná, sua filha; todas as almas de seus filhos e de suas filhas foram trinta e três.

16 E os filhos de Gade: Zifiom, Hagi, Suni, Esbom, Eri, Arodi e Areli.

17 E os filhos de Aser: Imna, Isvá, Isvi, Berias e Sera, a irmã deles; e os filhos de Berias: Héber e Malquiel.

18 Estes são os filhos de Zilpa, a qual Labão deu à sua filha Lia; e deu a Jacó estas dezesseis almas.

19 Os filhos de Raquel, mulher de Jacó: José e Benjamim.

20 E nasceram a José na terra do Egito, Manassés e Efraim, que lhe deu Azenate, filha de Potífera, sacerdote de Om.

21 E os filhos de Benjamim: Belá, Bequer, Asbel, Gera, Naamã, Eí, Rôs, Mupim, Hupim e Arde.

22 Estes são os filhos de Raquel, que nasceram a Jacó, ao todo catorze almas.

23 E o filho de Dã: Husim.

24 E os filhos de Naftali: Jazeel, Guni, Jezer e Silém.

25 Estes são os filhos de Bila, a qual Labão deu à sua filha Raquel; e deu estes a Jacó; todas as almas foram sete.

26 Todas as almas que vieram com Jacó ao Egito, que saíram dos seus lombos, fora as mulheres dos filhos de Jacó, todas foram sessenta e seis almas.

27 E os filhos de José, que lhe nasceram no Egito, eram duas almas. Todas as almas da casa de Jacó, que vieram ao Egito, eram setenta.

 

Nos versículos 15, 18, 22, 25, 26 e 27 lemos sobre a quantidade de “almas” que, de cada mãe, desceram ao Egito. A “alma”, em todos esses versículos, é “PESSOA”; isso é muito comum desde Gn 2.7, que diz: “… e o homem passou a ser alma vivente”, isto é, uma pessoa! Uma pessoa que possui uma alma só sua, única e intransferível… alma essa, que não há de reencarnar, uma vez que Deus é rico demais e não carece repetir almas! Nem almas e nem corpos. A nossa impressão digital, por exemplo, é única. Coincidência? Obviamente não. COMPETÊNCIA MESMO, competência do Criador!

 

28 E Jacó enviou Judá adiante de si a José, para encaminhá-lo a Gósen; e chegaram à terra de Gósen.

29 Então José aprontou o seu carro, e subiu ao encontro de Israel, seu pai, a Gósen. E, apresentando-se, lançou-se ao seu pescoço, e chorou sobre o seu pescoço longo tempo.

30 E Israel disse a José: Morra eu agora, pois já tenho visto o teu rosto, que ainda vives.

31 Depois disse José a seus irmãos, e à casa de seu pai: Eu subirei e anunciarei a Faraó, e lhe direi: Meus irmãos e a casa de meu pai, que estavam na terra de Canaã, vieram a mim!

32 E os homens são pastores de ovelhas, porque são homens de gado, e trouxeram consigo as suas ovelhas, e as suas vacas, e tudo o que têm.

33 Quando, pois, acontecer que Faraó vos chamar, e disser: Qual é o vosso negócio?

34 Então direis: Teus servos foram homens de gado desde a nossa mocidade até agora, tanto nós como os nossos pais; para que habiteis na terra de Gósen, porque todo o pastor de ovelhas é abominação aos egípcios.

 

E por falar em competência do Criador, vejamos também a sua providência… onisciente, sabendo que os israelitas haveriam de permanecer mais de 400 anos no Egito, cuidou para que ficassem separados dos egípcios, dos seus hábitos e dos seus ídolos… morando onde somente aos pastores de ovelhas e gado era permitido morar, pois: “… o contato com pastores era abominação aos egípcios” (subentendido/v. 34).

 

A gente se fala depois!

Até breve.


Gênesis Capítulo 45



 


 

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Gênesis 45

 

(O dia do basta)

 

“E disse Israel: Basta; ainda vive meu filho José; eu irei e o verei antes que morra” (v. 28).

 

1 Então José não se podia conter diante de todos os que estavam com ele; e clamou: Fazei sair daqui a todo o homem; e ninguém ficou com ele, quando José se deu a conhecer a seus irmãos.

2 E levantou a sua voz com choro, de maneira que os egípcios o ouviam, e a casa de Faraó o ouviu.

3 E disse José a seus irmãos: Eu sou José; vive ainda meu pai? E seus irmãos não lhe puderam responder, porque estavam pasmados diante da sua face.

4 E disse José a seus irmãos: Peço-vos, chegai-vos a mim. E chegaram-se; então disse ele: Eu sou José vosso irmão, a quem vendestes para o Egito.

5 Agora, pois, não vos entristeçais, nem vos pese aos vossos olhos por me haverdes vendido para cá; porque para conservação da vida, Deus me enviou adiante de vós.

6 Porque já houve dois anos de fome no meio da terra, e ainda restam cinco anos em que não haverá lavoura nem sega.

7 Pelo que Deus me enviou adiante de vós, para conservar vossa sucessão na terra, e para guardar-vos em vida por um grande livramento.

8 Assim não fostes vós que me enviastes para cá, senão Deus, que me tem posto por pai de Faraó, e por senhor de toda a sua casa, e como regente em toda a terra do Egito.

9 Apressai-vos, e subi a meu pai, e dizei-lhe: Assim tem dito o teu filho José: Deus me tem posto por senhor em toda a terra do Egito; desce a mim, e não te demores;

10 E habitarás na terra de Gósen, e estarás perto de mim, tu e os teus filhos, e os filhos dos teus filhos, e as tuas ovelhas, e as tuas vacas, e tudo o que tens.

11 E ali te sustentarei, porque ainda haverá cinco anos de fome, para que não pereças de pobreza, tu e tua casa, e tudo o que tens.

12 E eis que vossos olhos, e os olhos de meu irmão Benjamim, vêem que é minha boca que vos fala.

13 E fazei saber a meu pai toda a minha glória no Egito, e tudo o que tendes visto, e apressai-vos a fazer descer meu pai para cá.

14 E lançou-se ao pescoço de Benjamim seu irmão, e chorou; e Benjamim chorou também ao seu pescoço.

15 E beijou a todos os seus irmãos, e chorou sobre eles; e depois seus irmãos falaram com ele.

16 E esta notícia ouviu-se na casa de Faraó: Os irmãos de José são vindos; e pareceu bem aos olhos de Faraó, e aos olhos de seus servos.

17 E disse Faraó a José: Dize a teus irmãos: Fazei isto: carregai os vossos animais e parti, tornai à terra de Canaã.

18 E tornai a vosso pai, e às vossas famílias, e vinde a mim; e eu vos darei o melhor da terra do Egito, e comereis da fartura da terra.

19 A ti, pois, é ordenado: Fazei isto: tomai vós da terra do Egito carros para vossos meninos, para vossas mulheres, e para vosso pai, e vinde.

20 E não vos pese coisa alguma dos vossos utensílios; porque o melhor de toda a terra do Egito será vosso.

21 E os filhos de Israel fizeram assim. E José deu-lhes carros, conforme o mandado de Faraó; também lhes deu comida para o caminho.

22 A todos lhes deu, a cada um, mudas de roupas; mas a Benjamim deu trezentas peças de prata, e cinco mudas de roupas.

23 E a seu pai enviou semelhantemente dez jumentos carregados do melhor do Egito, e dez jumentos carregados de trigo e pão, e comida para seu pai, para o caminho.

24 E despediu os seus irmãos, e partiram; e disse-lhes: Não contendais pelo caminho.

25 E subiram do Egito, e vieram à terra de Canaã, a Jacó seu pai.

26 Então lhe anunciaram, dizendo: José ainda vive, e ele também é regente em toda a terra do Egito. E o seu coração desmaiou, porque não os acreditava.

27 Porém, havendo-lhe eles contado todas as palavras de José, que ele lhes falara, e vendo ele os carros que José enviara para levá-lo, reviveu o espírito de Jacó seu pai.

28 E disse Israel: Basta; ainda vive meu filho José; eu irei e o verei antes que morra.

 

Para este capítulo eu não fiz comentário algum, trouxe um comentário muito oportuno do belíssimo Site:

http://palavraprudente.com.br/biblia/guia-de-estudo-para-genesis/estudo-sobre-genesis-45/ in verbis:

 

Estudo sobre Gênesis 45

 

INTRODUÇÃO — Três coisas especialmente se destacam neste capítulo:

A. Este capítulo contém o clímax de uma das grandes histórias narradas pela Bíblia. A simplicidade do estilo de Moisés tem sido muitas vezes admirada.

B. Aqui podemos ver a providência de Deus profundamente enfatizada. Nós somos os atores na peça em que Deus é o diretor.

C. A vida de José nos ensina como perdoar aos outros e viver sem frustração e amargura.

 

I. UMA REVELAÇÃO – VERSÍCULOS 1-4.

A intercessão de Judá revelou a José a mudança do coração dos seus irmãos. Até mesmo o seu próprio coração foi tocado. Ele pediu aos servos que se retirassem para que ele pudesse colocar de lado o protocolo de Estado e conversar em família com seus irmãos. É provável que ele também não queria que seus servos soubessem o que os seus irmãos fizeram no passado [I Pedro 4.8].

Os professores da Bíblia têm comparado esta revelação com a futura revelação de Cristo para a nação Judaica. Os irmãos de José devem ter sentido um grande remorso. Isto não é um símbolo da tristeza que o povo Judeu sentirá na volta de Cristo [Zacarias 12.10]?

 

II. O CONFORTO DA SOBERANIA DIVINA – VERSÍCULOS 5-8.

A. A soberania de Deus assegura que os caminhos humanos são tão ordenados que o Seu povo é preservado e Seus propósitos realizados. Deus enxerga o futuro e tem tudo preparado de antemão para suprir as nossas necessidades. Mesmo os homens maus, que pecam livremente, acabam sendo instrumentos da vontade divina [Salmo 105.16-24; Salmo 76.10; Efésios 1.11].

B. José não estava de forma nenhuma negando a culpa dos seus irmãos [Gênesis 50.20]. No entanto, quando viu evidências do arrependimento deles, ele se apressou em confortá-los e lembrá-los que mesmo diante da rebelião que eles cometeram, Deus estava trabalhando para o bem deles. Os pecadores arrependidos algumas vezes estão em perigo de serem tomados de “demasiada tristeza” e necessitam ser apropriadamente confortados [II Coríntios 2.7].

C. Note que José se recusou a levar o crédito pela preservação de Israel. Ele sabia que era apenas um instrumento nas mãos de Deus. O homem deveria sempre atribuir a glória a Deus [Romanos 11.33-36].

D. O espírito de perdão de José para com os seus irmãos nos ensina uma grande lição: Aqueles que acreditam no plano predestinado de Deus são ajudados a perdoar as más obras que os homens lhes fazem. Quando vemos a mão de Deus trabalhando, mesmo através das más ações dos homens, ficamos sem amargura pelo nosso tratamento [Jó 1.21]. Há outras maneiras de exercer o perdão [Efésios 4:32], mas esta definitivamente faz parte. Note como isto funcionou na vida de Davi [II Samuel 16.5-13].

 

III. UMA TENDÊNCIA ESPIRITUAL – VERSÍCULOS 9-15.

José era um homem de atitudes espirituais. E podemos ver isso das seguintes maneiras:

A. José estava consciente da obra e do plano gracioso de Deus para a vida dele. O Egito era um lugar onde Israel poderia ser preservado como nação enquanto crescia e era salvo da fome. Os costumes Egípcios asseguravam que Israel não seria absorvido pela cultura deles [Gênesis 43.32]. José ficou muito alegre em ver a sabedoria de Deus. Alguns crentes parecem enxergar muito pouco da obra maravilhosa de Deus em suas vidas.

B. Note novamente o perdão pleno que José concede aos seus irmãos. Isto requer uma verdadeira espiritualidade.

 

IV. FARAÓ – VERSÍCULO 16-20.

Este Faraó é bem diferente daquele com o qual Moisés teria que tratar. Ele era realmente um homem magnânimo e agradecido. Os governantes normalmente se esquecem de antigas bondades. Faraó, no entanto, se lembrou que a salvação do Egito era o resultado das bênçãos de Deus através de José. Por esta razão ele prometeu cuidar de forma generosa da família de José. As maiores riquezas da terra estariam a disposição deles. (Não podemos deixar de comentar e refletir que o coração do Faraó estava nas mãos de Deus. Este aqui mostra compaixão, o outro, que viria mais tarde, mostraria crueldade. Entretanto, ambos foram usados para que Deus abençoasse Israel e glorificasse o Seu nome – Romanos 9.17).

 

V. DE VOLTA PARA CANAÃ – VERSÍCULO 21-24.

Para a viagem de volta para casa, eles receberam tudo o que necessitavam e um pouco mais. Acreditamos que em parte isto foi feito para convencer Jacó que a história que seus filhos contariam era verídica. Da mesma maneira, durante a nossa jornada para encontrarmos com o Senhor Jesus, Deus providencia tudo necessário para o nosso sustento. Deus até mesmo nos dá alguns presentes que asseguram as nossas futuras bênçãos [Efésios 1.13-14].

Não há duvidas de que o conselho de José no versículo 24 era necessário. Talvez eles temessem expor os seus antigos erros e começassem a brigar entre si, tentando jogar a culpa um no outro diante de seu pai antes que ele descobrisse os fatos acerca de José.

 

VI. JACÓ RECEBE BOAS NOTÍCIAS – VERSÍCULOS 25-28.

Que cena magnífica. O velho Jacó é incapaz de crer de tanta alegria, e ele somente é convencido quando ouve toda a história e vê os carros enviados do Egito. Ele então sente que quando visse José a sua vida estaria completa.

Graciosamente, não vemos aqui nenhum relato de Jacó repreendendo aos seus filhos por venderem José. Eles tinham se arrependido e se reconciliado com ele. Que necessidade havia de relembrar seus antigos pecados? Vamos aprender com Jacó a deixar os esqueletos no armário. Note que nem mesmo José mencionava os pecados deles. Os Egípcios nunca souberam do crime que eles cometeram [I Pedro 4.8].

Note como Jacó é mencionado por este nome no versículo 25, e por Israel no versículo 28. No momento em que sua fé é renovada, ele percebe que é verdadeiramente abençoado por ser um “príncipe” com Deus. Nós também somos “Jacós” por natureza, mas através da graça reinaremos com Cristo.

 

A gente se fala depois!

Até breve.

Êxodo Capítulo 31

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