“OS FINS NÃO JUSTIFICAM OS MEIOS, NEM DEUS ESCREVE POR ‘LINHAS’ TORTAS” (Hb 12.16,17).

“Ninguém seja devasso ou profano como Esaú que por uma refeição vendeu o seu direito de primogenitura; porque bem sabeis que querendo ele depois herdar à bênção foi rejeitado e não achou lugar de arrependimento ainda que com lágrimas o buscou” (Hb 12.16,17).

Introdução — Esaú tem sido visto como um dos principais (maus) exemplos de filho obstinado — desobediente aos pais, libertino e profano; um moço que não tivera temor nem respeito pelas promessas de Deus ignorando inclusive as bênçãos que tais promessas conferiam ao primogênito. Que ninguém siga tal modelo!

O nascimento dos gêmeos — Ao engravidar de gêmeos, Rebeca percebeu que havia uma luta travada no seu ventre… quando foi perguntar ao Senhor ele lhe respondeu: “existem duas nações no teu ventre; dois povos sairão de tuas entranhas; um povo será mais forte que o outro povo e o maior servirá ao menor”.

O texto focaliza apenas a presciência de Deus e não à predestinação como muitos pregam por ai. Deus não tem participação em nenhum golpe nem concorda com o uso de subterfúgios para atingir seus objetivos.

A eleição de Jacó — O propósito de Deus irá prevalecer sempre! Porém, isso não significa concordância com os meios usados pelos homens para conseguir seus intentos.

Junto com aquele nome de um significado muito desagradável (herdado por nascer agarrada a sua mão ao calcanhar de seu irmão) nota-se também que Jacó nascera já dando sinais de que lutaria com todas as suas forças para superar quaisquer obstáculos e de que correria atrás de sua bênção até alcançá-la. Enquanto isso, Esaú que fora por direito destinado àquela mesma bênção nunca demonstrou qualquer interesse por ela e acabou trocando-a por um simples prato de lentilhas. Não foi Deus quem orientou Jacó a tirar proveito de seu irmão naquele instante e engana-lo comprando sua primogenitura tão barato! Apenas, Esaú era profano — não dava o menor valor às bênçãos de Deus…

Jacó engana a seu pai — Isaque só tinha uma bênção, para abençoar apenas um de seus dois filhos (Gn 27.35). Portanto, a bênção que veio a ser de Jacó é a mesma que Esaú desprezou. Não quer dizer que Deus precisaria “escrever certo” através das “linhas tortas” que Jacó usava habitualmente… será por acaso que o mesmo Jacó fora enganado várias vezes por seu sogro, Ou estaria ele colhendo o que semeara? A Bíblia nos adverte dizendo: “não erreis; Deus não se deixa escarnecer! Porque tudo que o homem plantar isso também ceifará” (Gl 6.7).

Deus cumpre cada uma de suas promessas — As promessas de Deus são tão fiéis no seu cumprimento que já possuem o seu “sim” e o seu “amém”, pois ele não é homem para que minta nem filho do homem para que se arrependa! (Nm 23.19). Ele escreve sempre certo! Se as nossas “linhas” forem tortas — como as de Abraão, Isaque, Jacó, Moisés dentre outros… isso não irá influenciar o seu plano original, nem afetará sua soberania.

O propósito de Deus — Antes do nascimento daqueles gêmeos, Deus disse: “… amei a Jacó e aborreci a Esaú…” (Ml 1.2,3; Rm 9.13 ss). Deus nunca concordou com a maneira utilizada por Jacó e sua mãe para herdar àquela bênção, tampouco fora por isso que escolhera justamente o “menor” dos dois gêmeos para dar continuidade à linhagem da qual viria o seu filho. Apenas está claro que enquanto o primogênito tudo fez para mostrar que nem Deus nem suas promessas tinham qualquer importância para ele, o menor lutara com todas as suas forças para escapar de sua triste sina, até mudar inclusive o seu nome (Gn 28.32). (não sem causa, Jesus fez questão de lembrar-nos que: — Ele não rejeita os que querem se aproximar dele. Jo 6.37). Mas, à partir do dia que: “… o homenzinho torto com Jesus se encontrou… tudo que era torto Jesus endireitou!” (corinho das crianças da E.B.D.). É assim até hoje.

Conclusão — Deus não precisa dos nossos “meios” para atingir os seus “fins” nem escreve em nossas linhas tortas। Apenas cumprirá cada um dos seus desígnios independente de nosso modo de ser ou agir, pois ele é livre para fazer o seu querer e soberano o suficiente para dar a cada um conforme as suas obras.

Em pleno século XXI, os que querem se chegar a ele e conhece-lo melhor ele recebe-os de braços bem abertos, quanto aos que seguirem maus exemplos como o de Esaú chegará o dia em que não haverá lugar de arrependimento para eles mesmo que o busquem com lágrimas. Por tudo isso, “… busquem ao Senhor enquanto se pode achar e o invoquem enquanto está perto. Eis aqui agora o tempo aceitável, eis aqui agora o dia da salvação!” (Is 55.6; II Co 6.2).
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