Êxodo Capítulo 12



 

PENTATEUCO – O LIVRO DE ÊXODO

Escola Teológica Aberta Para Centros Educacionais de Jovens e Adultos

Caldas Novas, GO – Brasil

Projeto/Instruções Bíblicas

Evangelista Demétrio

 

Êxodo 12

 

(A páscoa)

 

“Assim pois o comereis: Os vossos lombos cingidos, os vossos sapatos nos pés, e o vosso cajado na mão; e o comereis apressadamente; esta é a páscoa do Senhor. E eu passarei pela terra do Egito esta noite, e ferirei todo o primogênito na terra do Egito, desde os homens até aos animais; e em todos os deuses do Egito farei juízos. Eu sou o Senhor. E aquele sangue vos será por sinal nas casas em que estiverdes; vendo eu sangue, passarei por cima de vós, e não haverá entre vós praga de mortandade, quando eu ferir a terra do Egito” (vv. 11-13).

Nós “centenários” (como diz o meu pastor André Luís da Silva/ao pretender nos elogiar) somos crentes desde a época que a Harpa Cristã era “venerada” quase tanto quanto a Bíblia… então, crescemos cantando: “Quando Deus o sangue vir, que Jesus já verteu; Passará sem te ferir; no Egito assim sucedeu” (Hino 255/HC).

 

 

Por questão sequencial e de lógica, eu deveria pautar o meu comentário em cima da 10ª praga – A morte dos primogênitos. No entanto, o foco do capítulo 12 não é exatamente esse. Razão pela qual hei de mencionar os pontos mais evidenciados por Moisés onde, a partir do anúncio da iminente e inevitável saída, os israelitas foram imediatamente instruídos a promoverem desde já a festa de comemoração. Uma festa tão importante que fez que mudassem o mês/anual onde começariam a contar o ano; isso mesmo, desde então eles passariam a ter dois calendários: um civil – principiado em etanim/nosso outubro; e um calendário religioso e mais importante, que se inicia com a celebração da páscoa em abibe ou nisã/nosso mês de abril. Os acontecimentos deste santo capítulo podem ser assim enumerados: Vou utilizar uma linguagem mais atual possível… e, mencionar os meses como se eles estivessem no Brasil e, como tal, a usar o nosso calendário.

— O mês de abril a de ser o primeiro no calendário de vocês a partir de hoje;

— Celebrem-me uma festa – a páscoa;

— Qual vai ser? Que festa? O que temos para comemorar?

 

E o Senhor disse a Moisés: Ainda uma praga trarei sobre Faraó, e sobre o Egito; depois vos deixará ir daqui; e, quando vos deixar ir totalmente, a toda a pressa vos lançará daqui” (dissemos ontem/Êx 11.1). Há religiões, não poucas, lamentavelmente, que têm prazer em desfazer e/ou tentar profanar o que já está feito! Esta páscoa do capítulo 12 do Êxodo é a primeira que houve em todo o mundo. A palavra “páscoa” vem de um verbo hebraico que significa “passar por cima”; “ir além”, no sentido de POUPAR! Em nenhum dos versículos Deus teria dito: “Tome cada família um coelho”; que é lindo, sem dúvida, mas não serve, não para celebrar à festa ordenada nos mínimos detalhes e com um significado que vai muito além do âmbito da comemoração, da fraternidade e da confraternização; ou mesmo da gratidão. Sabemos que o coelho é um animalzinho muito arisco… para uma festa cujo símbolo maior é a salvação trazida pelo sacrifício vicário do Cristo (vicário é substituto), tinha que trazer um animal dócil (Is 53.7), sem defeito, haja vista o Cristo é moralmente perfeito (Is 53.9; Jo 8.46). A páscoa fala de uma libertação bem mais importante que a saída da escravidão; porque, NÃO EXISTE ESCRAVIDÃO MAIOR QUE ESTAR AMARRADO A UM FARDO QUE A HUMANIDADE TRAZ CONSIGO DESDE O NASCIMENTO DE CADA BEBÊ! (Sl 51.5). Páscoa fala, primeiramente, de libertação do pecado; de morte em relação ao Egito (mundo); de renascimento espiritual e de dedicação total ao Senhor de nossas vidas. Não por acaso, ao trocá-la por um sacramento que hoje denominamos “Santa ceia do Senhor”; o Cristo fez questão de instruir Paulo a compilar as seguintes palavras: “Porque todas as vezes que comerdes este pão e beberdes este cálice anuncie a morte do Senhor até que Ele venha” (I Co 11.26).

 

7 E tomarão do sangue, e o porão em ambas as ombreiras, e na verga da porta, nas casas em que o comerem.

8 E naquela noite comerão a carne assada no fogo, com pães ázimos; com ervas amargosas a comerão.

 

Então o tempo passa, a plenitude dos tempos chega, o Cristo Santo desce e realiza a sua obra na terra, nos alcança com a sua imensurável graça… e hoje, 42 anos inteiros depois, quando mencionamos no culto que, pela graça de Deus, estamos firmes na fé todo esse período, alguns – que nunca experimentaram uma única prova, isto é, não sabem o que é ser crente, por que jamais se cogitou exigir isto deles, dizem: — “Isso não é nada; de que vale ser crente há tanto tempo?” No entanto, custava Deus instruir Moisés a propor que comessem carne de cordeiro ou cabrito com Coca Cola? Mas, no texto há a seguinte ordenança: COMAM COM ERVAS AMARGOSAS. Vida de crente é mesmo um… “barato” como Rebanhão cantou, mas não é fácil. A tua vida é fácil ou é de crente! Ah, o mesmo versículo também acrescenta — “comam com pães ázimos”. Sem fermento, pois, com esse sincretismo doutrinário forjado por falsos mestres – do tipo que chamam os seus “concorrentes” de filhos das trevas não serve. Será sem causa que Jesus disse “Guardai-vos do fermento dos fariseus?” Sabemos que não.

 

12 E eu passarei pela terra do Egito esta noite, e ferirei todo o primogênito na terra do Egito, desde os homens até aos animais; e em todos os deuses do Egito farei juízos. Eu sou o Senhor.

13 E aquele sangue vos será por sinal nas casas em que estiverdes; vendo eu sangue, passarei por cima de vós, e não haverá entre vós praga de mortandade, quando eu ferir a terra do Egito.

14 E este dia vos será por memória, e celebrá-lo-eis por festa ao Senhor; nas vossas gerações o celebrareis por estatuto perpétuo.

15 Sete dias comereis pães ázimos; ao primeiro dia tirareis o fermento das vossas casas; porque qualquer que comer pão levedado, desde o primeiro até ao sétimo dia, aquela alma será cortada de Israel.

16 E ao primeiro dia haverá santa convocação; também ao sétimo dia tereis santa convocação; nenhuma obra se fará neles, senão o que cada alma houver de comer; isso somente aprontareis para vós.

17 Guardai pois a festa dos pães ázimos, porque naquele mesmo dia tirei vossos exércitos da terra do Egito; pelo que guardareis a este dia nas vossas gerações por estatuto perpétuo.

 

— Ao mencionar o mote: “naquele mesmo dia tirei vossos exércitos da terra do Egito” (v. 17) o Senhor lhes deixa bem claro a seguinte verdade, motivo mais que suficiente para que celebrassem tal páscoa – eternamente. A nação, que antes teria sido apenas um pensamento bom na cabeça de Deus, naquela madrugada de 14 para 15 de farmute, é como os egípcios chamavam o mês de abril, passou a existir de fato e de direito! Por que, dentre todos os povos da terra, Israel é o único capaz de nascer e virar nação num só dia (Is 66.8). A propósito: Não vou tentar esgotar o assunto. Sempre hei de preferir convidá-los a que tomem gosto pela santa Palavra e se aprofundem cada dia mais. Ao fechar esta tela, pegue tua Bíblia e torne a ler todo este santo texto, são apenas 52 versículos – depois, se julgar necessário, volte aqui…

 

— Àqueles que acham que fiquei devendo algo mais sobre a décima praga, aí está:

 

 10) Morte de todos os primogênitos (Êxodo 12) — Este golpe cairia sobre os primogênitos dos homens e dos animais. Deus não desejava exterminar os egípcios e seu gado, mas apenas convencê-los de que a oposição ao Seu propósito para Israel não seria mais tolerada. A morte dos primogênitos causou o maior vexame para a religião do Egito. “Porque, naquela noite, passarei pela terra do Egito e ferirei na terra do Egito todos os primogênitos, desde os homens até aos animais; executarei juízo sobre todos os deuses do Egito. Eu sou o SENHOR” (Êxodo 12.12). Os governantes do Egito chamavam a si mesmos de “filhos de Rá”, e se auto/proclamavam divinos. A morte dos primogênitos foi uma grande humilhação. Certamente pressionado pela demanda popular, faraó enviou seus principais oficiais, ainda enquanto era noite, para chamar os odiados líderes hebreus, aos quais havia dito nunca mais vê-los (Êxodo 12.31). A rendição de faraó foi completa. Ele não apenas ordenou que deixassem o país e levassem tudo o que possuíam, como também pediu algo que os dois irmãos não poderiam imaginar: “Levai também convosco vossas ovelhas e vosso gado, como tendes dito; ide-vos embora e abençoai-me também a mim” (Êxodo 12.32). Se as palavras de Moisés e Arão tinham trazido maldição, o Faraó deve ter suposto que poderia ser que trouxessem bênção! Não se sabe como seu pedido foi recebido, mas o fato de ter sido feito é um forte indício de quão subjugado estava seu orgulho. O Êxodo foi a libertação da escravidão do povo hebreu do domínio egípcio. Este evento é uma prefiguração que aponta para uma libertação muito maior realizada por Jesus Cristo – a libertação do pecado. Da mesma maneira como Deus conduziu Seu povo no passado, “com mão forte”, Ele também deseja nos conduzir às mansões celestiais. Por isso devemos caminhar humildemente com Deus, hoje, e todos os dias, e quando o Cristo voltar… e Ele realmente voltará… estaremos com Ele eternamente, amém! (I Ts 4.17)

 

A gente se fala depois!

Até breve. 

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