Êxodo Capítulo 2

 

PENTATEUCO – O LIVRO DE ÊXODO

Escola Teológica Aberta Para Centros Educacionais de Jovens e Adultos

Caldas Novas, GO – Brasil

Projeto/Instruções Bíblicas

Evangelista Demétrio

 

Êxodo 2

 

Conforme consta de algumas pesquisas, corria o ano 1.631 a.C quando… — “um homem da família de Levi (Anrão) se casou com uma descendente de Levi (Joquebede). E a mulher concebeu e deu à luz um filho; e, vendo que ele era formoso, escondeu-o três meses (Êx 2.1,2). Chegou o momento, no entanto, em que, não mais sendo possível esconder o garoto, e principalmente, sabendo-se que ele era possuidor de uma beleza incomparável que arrebatava à atenção de todos que o contemplasse, sua mãe resolveu abandoná-lo à tutela celestial e deixar o Deus que predissera coisas maravilhosas ao seu respeito tomar conta dele… foi então que ela: — “… tomou uma arca de juncos, e a revestiu com barro e betume; e, pondo nela o menino, a pôs nos juncos à margem do rio (Nilo); onde sua irmã (Miriã) acompanhou-o de longe para saber o que lhe havia de acontecer” vv. 3,4). A seguir:

 

⁵ E a filha de Faraó (a que Josefo chama Termutis) desceu a lavar-se no rio, e as suas donzelas passeavam, pela margem do rio; e ela viu a arca no meio dos juncos, e enviou a sua criada, que a tomou.

⁶ E abrindo-a, viu ao menino e eis que o menino chorava; e moveu-se de compaixão dele, e disse: Dos meninos dos hebreus é este.

⁷ Então disse sua irmã à filha de Faraó: Irei chamar uma ama das hebréias, que crie este menino para ti?

⁸ E a filha de Faraó disse-lhe: Vai. Foi, pois, a moça, e chamou a mãe do menino.

 

Há anos eu tenho dito: — Deus gosta de aparecer! Senão, vejamos: — um pouco antes do nascimento daquele Garoto formoso, diz Flávio Josefo: “Um dos doutores da lei, ao qual eles dão o nome de escriba das coisas santas, que se passam por grandes profetas, disse ao rei que naquele mesmo tempo deveria nascer um menino entre os hebreus… um menino de reputação imortal, cuja virtude seria admirada por todo o mundo, o qual elevaria a glória de sua nação e humilharia o Egito”. Diante disso, o rei baixou a lei da xenofobia – que vimos ontem – onde no terceiro Artigo mandou lançar no rio a todos os meninos (Êx 1.22). Destarte, só para esclarecer a parte do Deus gosta de aparecer, enquanto o Faraó fez todo o esforço do mundo para matar o menino, Deus não apenas o salvou de suas “garras”, salvou e ordenou: — “VOCÊ VAI CRIAR ELE ATÉ QUE EU O QUEIRA DE VOLTA!” (conjecturei).

 

⁹ Então lhe disse a filha de Faraó: Leva este menino, e cria-mo; eu te darei teu salário. E a mulher tomou o menino, e criou-o.

¹⁰ E, quando o menino já era grande, ela o trouxe à filha de Faraó, a qual o adotou; e chamou-lhe Moisés, e disse: Porque das águas o tenho tirado.

 

A propósito: O nome de Moisés vem de duas expressões egípcias: “Mó” água mais “isés” restituído. Observe que a mãe adotiva – ao recebê-lo dos braços de Joquebede – assalariada para criar o próprio filhinho…, o chamou MOISÉS e acrescentou: “porque das águas o tenho tirado” (v. 10); como eu já vaticinei, as palavras são formadas por aglutinação ou por justaposição… Termutis adentra ao palácio de uma hora para outra com um menor impúbere, seu pai quer saber de onde surgiu à criança: — “É um presente que o Nilo me deu” (ela teria dito). A Bíblia faz um upgrade de 40 anos e não pormenoriza o crescimento dele, mas Josefo o fez… vou resumir, ao meu estilo: — Digamos, a princípio, que o grão-sacrificador egípcio da época não conseguiu evitar o nascimento de Moisés, não obstante as ameaças… e que, aos três anos de idade, faria mais uma tentativa – sem sucesso; porque, o menino brincara no interior do palácio real onde o Faraó lhe colocou sua coroa na cabeça, mas ele a retirou e a lançou ao chão… — Está vendo? É este o hebreu do qual eu já alertei vossa majestade! Ele só tem três anos e já te despreza e rejeita à coroa e a autoridade real… então Termutis, sabendo o risco de expor o menino daquele modo o arrebatou e o retirou dali, cessando o perigo. Outras tentativas seriam feitas, a mais importante delas direi a seguir:

 

— Moisés cresceu e, aos vinte anos – já formado no que havia de melhor em termos de universidade – em Heliópolis – possivelmente; ainda querendo perdê-lo sem, contudo, magoar à princesa…, Faraó lhe concede à honra de liderar o seu exército, obviamente crendo que um belo dia ele não mais voltaria vivo… Ele fazia coisas inacreditáveis e sempre retornava de suas campanhas militares vitorioso – onde se tornou “poderoso em obras” (At 7.22). Depois: “… sendo Moisés já homem, saiu a seus irmãos, e atentou para as suas cargas; e viu que um egípcio feria a um de seus irmãos. E olhou a um e a outro lado e, vendo que não havia ninguém ali, matou ao egípcio, e escondeu-o na areia. E tornou a sair no dia seguinte, e eis que dois homens hebreus contendiam; e disse ao injusto: Por que feres a teu próximo? O qual disse: Quem te tem posto a ti por maioral e juiz sobre nós? Pensas matar-me, como mataste o egípcio? Então temeu Moisés, e disse: Certamente este negócio foi descoberto. Ouvindo, pois, Faraó este caso, procurou matar a Moisés; mas Moisés fugiu de diante da face de Faraó, e habitou na terra de Midiã, e assentou-se junto a um poço” (vv. 11-15).

 

Mídia é bem o nome de um dos filhos de Abraão com Quetura… é pra onde ele, evidentemente guiado pelo Espírito, se dirigiu ao fugir do Egito; lá se encontrou com Zípora, uma belíssima pastora, se apaixonaram e se casaram e, mais – tiveram dois lindos filhos…

 

²³ E aconteceu, depois de muitos dias, que morrendo o rei do Egito, os filhos de Israel suspiraram por causa da servidão, e clamaram; e o seu clamor subiu a Deus por causa de sua servidão.

²⁴ E ouviu Deus o seu gemido, e lembrou-se Deus da sua aliança com Abraão, com Isaque, e com Jacó;

²⁵ E viu Deus os filhos de Israel, e atentou Deus para a sua condição.      

 

A gente se fala depois!

Até breve.