Gênesis Capítulo 44



 


 

PENTATEUCO – O LIVRO DE GÊNESIS

Escola Teológica Aberta Para Centros Educacionais de Jovens e Adultos

Caldas Novas, GO – Brasil

Projeto/Instruções Bíblicas

Evangelista Demétrio

 

Gênesis 44

 

(O plano de José para deter seus irmãos e o altruísmo de Judá)

 

            “E o meu copo, o copo de prata, porás na boca do saco do mais novo, com o dinheiro do seu trigo. E fez conforme a palavra que José tinha dito.” (v. 3).

 

Os bons planos de José para testar à idoneidade dos seus irmãos continuam no capítulo 44 em foco. Para cada um daqueles moços o Egito era o último lugar onde escolheriam para passeio e ou turismo; por que o Egito lembrava a eles o negócio nefando que realizaram com certos ismaelitas que moravam e Midiã e vendiam escravos para aquele país. Para onde enviaram José! Não obstante, estavam agora perante o mesmo José que, pelo muito que os amara e pelas saudades que tivera dos seus, só queria se revelar a eles e – após tirar àquele “véu” faraônico de sobre o rosto… finalmente dar-lhes um monte de abraços! Em seu irmão (principalmente). — “Vinda a luz da manhã, despediram-se estes homens, eles com os seus jumentos” (v. 3). José agora se dispõe saber se eles nutriam para com seu irmão (Benjamim) um sentimento melhor que tiveram para com ele ou, caso também o odiassem, então saberia que eram os mesmos rebeldes e incorrigíveis de sempre. Hospedou com notória comodidade aos seus irmãos, ainda aparentemente estranhos, e, na manhã seguinte…

 

4 Saindo eles da cidade, e não se havendo ainda distanciado, disse José ao que estava sobre a sua casa: Levanta-te, e persegue aqueles homens; e, alcançando-os, lhes dirás: Por que pagastes mal por bem?

5 Não é este o copo em que bebe meu senhor e pelo qual bem adivinha? Procedestes mal no que fizestes.

6 E alcançou-os, e falou-lhes as mesmas palavras.

7 E eles disseram-lhe: Por que diz meu senhor tais palavras? Longe estejam teus servos de fazer semelhante coisa.

8 Eis que o dinheiro, que temos achado nas bocas dos nossos sacos, te tornamos a trazer desde a terra de Canaã; como, pois, furtaríamos da casa do teu senhor prata ou ouro?

9 Aquele, com quem de teus servos for achado, morra; e ainda nós seremos escravos do meu senhor.

10 E ele disse: — (…) aquele com quem se achar será meu escravo, porém vós sereis desculpados.

11 E eles apressaram-se e cada um pôs em terra o seu saco, e cada um abriu o seu saco.

12 E buscou, começando do maior, e acabando no mais novo; e achou-se o copo no saco de Benjamim.

13 Então rasgaram as suas vestes, e carregou cada um o seu jumento, e tornaram à cidade.

 

A HUMILDE SÚPLICA DE JUDÁ…

 

Eu fiz questão de botar tudo em caixa alta, a despeito das regras da nossa língua, para demonstrar bem qual a importância desta interlocutória de Judá… Porque, deixou bem claro que, ele, e todos os outros estavam profundamente abalados desde o mal que causaram ao irmão…, que amavam o seu único irmão de sangue e que, haviam finalmente aprendido viver a vida deles sem se importarem com o crescimento alheio. Estavam de fato contristados e, se lhes fosse devolvida à chance que perderam, desta vez se alegrariam em sonhar junto com aquele José que supostamente haviam assassinado; ou, na melhor hipótese, enviado à escravidão! Ainda no capítulo 42 vimos que Rúben estava sem moral com o pai para que esse lhe confiasse à tutela de Benjamim, mas Judá conseguiu (Gn 43). Nada dissemos sobre o capítulo anterior por que não seria necessário, ele será devidamente esclarecido, por Judá, a seguir:

 

 

14 E veio Judá com os seus irmãos à casa de José, porque ele ainda estava ali; e prostraram-se diante dele em terra.

15 E disse-lhes José: Que é isto que fizestes? Não sabeis vós que um homem como eu pode, muito bem, adivinhar?

16 Então disse Judá: Que diremos a meu senhor? Que falaremos? E como nos justificaremos? Achou Deus a iniqüidade de teus servos; eis que somos escravos de meu senhor, tanto nós como aquele em cuja mão foi achado o copo.

17 Mas ele disse: Longe de mim que eu tal faça; o homem em cuja mão o copo foi achado, esse será meu servo; porém vós, subi em paz para vosso pai.

18 Então Judá se chegou a ele, e disse: Ai! senhor meu, deixa, peço-te, o teu servo dizer uma palavra aos ouvidos de meu senhor, e não se acenda a tua ira contra o teu servo; porque tu és como Faraó.

19 Meu senhor perguntou a seus servos, dizendo: Tendes vós pai, ou irmão?

20 E dissemos a meu senhor: Temos um velho pai, e um filho da sua velhice, o mais novo, cujo irmão é morto; e só ele ficou de sua mãe, e seu pai o ama.

21 Então tu disseste a teus servos: Trazei-mo a mim, e porei os meus olhos sobre ele.

22 E nós dissemos a meu senhor: Aquele moço não poderá deixar a seu pai; se deixar a seu pai, este morrerá.

23 Então tu disseste a teus servos: Se vosso irmão mais novo não descer convosco, nunca mais vereis a minha face.

24 E aconteceu que, subindo nós a teu servo meu pai, e contando-lhe as palavras de meu senhor,

25 Disse nosso pai: Voltai, comprai-nos um pouco de mantimento.

26 E nós dissemos: Não poderemos descer; mas, se nosso irmão menor for conosco, desceremos; pois não poderemos ver a face do homem se este nosso irmão menor não estiver conosco.

27 Então disse-nos teu servo, meu pai: Vós sabeis que minha mulher me deu dois filhos;

28 E um ausentou-se de mim, e eu disse: Certamente foi despedaçado, e não o tenho visto até agora;

29 Se agora também tirardes a este da minha face, e lhe acontecer algum desastre, fareis descer as minhas cãs com tristeza à sepultura.

30 Agora, pois, indo eu a teu servo, meu pai, e o moço não indo conosco, como a sua alma está ligada com a alma dele,

31 Acontecerá que, vendo ele que o moço ali não está, morrerá; e teus servos farão descer as cãs de teu servo, nosso pai, com tristeza à sepultura.

32 Porque teu servo se deu por fiador por este moço para com meu pai, dizendo: Se eu o não tornar para ti, serei culpado para com meu pai por todos os dias.

33 Agora, pois, fique teu servo em lugar deste moço por escravo de meu senhor, e que suba o moço com os seus irmãos.

34 Porque, como subirei eu a meu pai, se o moço não for comigo? Para que não veja eu o mal que sobrevirá a meu pai.

 

O versículo 34 aí é a prova documental definitiva que José tanto queria ver… os seus irmãos agora eram homens de bem. Homens altruístas e capazes de sentir à dor do próximo, ao ponto de se oferecerem para sofrer por eles! José não mais suportava testá-los, testá-los e… testá-los. Eles foram aprovados em CADA TESTE!

 

 

A gente se fala depois!

Até breve.

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