PENTATEUCO – O LIVRO DE GÊNESIS
Escola Teológica Aberta Para Centros
Educacionais de Jovens e Adultos
Caldas Novas, GO – Brasil
Projeto/Instruções Bíblicas
Evangelista
Demétrio
Gênesis 41
(Os sonhos de José começam a se cumprir)
Passados exatos três dias contados do baque em que
José interpretou os sonhos dos seus amigos prisioneiros, ocorreu uma grande
festa – o aniversário do Faraó – onde ele mandou que trouxessem da prisão o
padeiro e o copeiro; apresentou-os perante os seus ilustres, mandando a seguir
que enforcassem ao padeiro e restituíssem o copeiro às suas antigas funções. “A ingratidão
deste fê-lo esquecer a promessa, e José continuou a sofrer durante dois anos as
amarguras inerentes a um cárcere” (Flávio Josefo/A história dos hebreus/página
72). No
entanto, Deus, que jamais se esquece dos seus, bolou pessoalmente um plano que utilizou
como o meio para dar a José a sua merecida liberdade: O REI TAMBÉM SONHOU! Faraó teve logo dois sonhos
consecutivos, na mesma noite…
1 E aconteceu que, ao fim de dois anos inteiros, Faraó sonhou, e eis
que estava em pé junto ao rio.
2 E eis que subiam do rio sete vacas, formosas à vista e gordas de
carne, e pastavam no prado.
3 E eis que subiam do rio após elas outras sete vacas, feias à vista
e magras de carne; e paravam junto às outras vacas na praia do rio.
4 E as vacas feias à vista e magras de carne, comiam as sete vacas
formosas à vista e gordas. Então acordou Faraó.
5 Depois dormiu e sonhou outra vez, e eis que brotavam de um mesmo
pé sete espigas cheias e boas.
6 E eis que sete espigas miúdas, e queimadas do vento oriental,
brotavam após elas.
7 E as espigas miúdas devoravam as sete espigas grandes e cheias.
Então acordou Faraó, e eis que era um sonho.
8 E aconteceu que pela manhã o seu espírito perturbou-se, e enviou e
chamou todos os adivinhadores do Egito, e todos os seus sábios; e Faraó
contou-lhes os seus sonhos, mas ninguém havia que lhos interpretasse.
Normalmente, a carestia e à escassez chegam de modo
urgente, e sem mandar avisos; bastando uma pequena falta de quem está no
comando. Mas aquela não era uma situação costumeira e, por isso, Deus resolveu
contar ao rei o que iria acontecer em seu reino. Permitiu que ele sonhasse;
duas vezes na mesma noite. É evidente que esse é o tipo de sonho que um
governante decente jamais sonharia para o seu povo; senão quando não há o que
fazer para evitar à catástrofe… Naquele contexto, no Egito, já estava
determinado o… mal. Embora viesse precedido de bons ventos, bons dias e,
principalmente, boas colheitas (por sete anos inteiros). Observe, no versículo
8, que ninguém tinha as respostas das quais Faraó necessitara para compreender
o sonho que, naturalmente, não era um sonho comum, ou simples. Os homens falham
bastante quando mais se precisam deles! Em algumas situações: os secretários, o presidente da Câmara, os
amigos mais inteligentes…, enfim, todos falham. Porque algumas respostas só
poderão vir direto da boca de Deus… nesse caso, somente se trouxer o José – que
seja da prisão! Era inocente o José; inocente, inteligente, diligente,
irrepreensível, santo e puro…
9 Então falou o copeiro-mor a Faraó, dizendo: Dos meus pecados me
lembro hoje:
10 Estando Faraó muito indignado contra os seus servos, e pondo-me
sob prisão na casa do capitão da guarda, a mim e ao padeiro-mor,
11 Então tivemos um sonho na mesma noite, eu e ele; sonhamos, cada um
conforme a interpretação do seu sonho.
12 E estava ali conosco um jovem hebreu, servo do capitão da guarda,
e contamos-lhe os nossos sonhos e ele no-los interpretou, a cada um conforme o
seu sonho.
13 E como ele nos interpretou, assim aconteceu; a mim me foi
restituído o meu cargo, e o padeiro foi enforcado.
14 Então mandou Faraó chamar a José, e o fizeram sair logo do
cárcere; e barbeou-se e mudou as suas roupas e apresentou-se a Faraó.
15 E Faraó disse a José: Eu tive um sonho, e ninguém há que o
interprete; mas de ti ouvi dizer que quando ouves um sonho o interpretas.
16 E respondeu José a Faraó, dizendo: Isso não está em mim; Deus dará
resposta de paz a Faraó.
17 Então disse Faraó a José: Eis que em meu sonho estava eu em pé na
margem do rio,
18 E eis que subiam do rio sete vacas gordas de carne e formosas à
vista, e pastavam no prado.
19 E eis que outras sete vacas subiam após estas, muito feias à vista
e magras de carne; não tenho visto outras tais em toda a terra do Egito.
20 E as vacas magras e feias comiam as primeiras sete vacas gordas;
21 E entravam em suas entranhas, mas não se conhecia que houvessem
entrado; porque o seu parecer era feio como no princípio. Então acordei.
22 Depois vi em meu sonho, e eis que de um mesmo pé subiam sete
espigas cheias e boas;
23 E eis que sete espigas secas, miúdas e queimadas do vento
oriental, brotavam após elas.
24 E as sete espigas miúdas devoravam as sete espigas boas. E eu
contei isso aos magos, mas ninguém houve que mo interpretasse.
O versículo 14 não serve para proibir aos crentes
usar barba, certo? José estava saindo de vários anos preso, quiçá, quase dez
anos na cadeia… Parecia um… bicho – evidentemente. Somente após se barbear,
tomar um bom banho e mudar suas vestes estaria apto para ver o rei… que, no
caso, era só o Faraó (rei do Egito). Estudioso, a esta altura José já era
bilíngue, senão poliglota. Trinta anos de idade; treze deles no Egito, quase
escravo… “quase”, por que era impossível o considerar como um escravo, a
nobreza estava bem patente em seu rosto; e em todas as suas atitudes. De modo
que em todo canto que chegava, logo assumia a direção – até na cadeia (39.22).
Antes de prosseguir, eu quero, de novo, inserir o conteúdo do versículo 16, in
verbis: — “E respondeu José a Faraó, dizendo: Isso não
está em mim; Deus dará resposta de paz a Faraó”. Não carece explicação!
25 Então disse José a Faraó: O sonho de Faraó é um só…
26 As sete vacas formosas são sete anos, as sete espigas formosas
também são sete anos…
27 E as sete vacas feias à vista e magras, que subiam depois delas,
são sete anos, e as sete espigas miúdas e queimadas do vento oriental, serão
sete anos de fome.
28 Esta é a palavra que tenho dito a Faraó; o que Deus há de fazer,
mostrou-o a Faraó.
29 E eis que vêm sete anos, e haverá grande fartura em toda a terra
do Egito.
30 E depois deles levantar-se-ão sete anos de fome, e toda aquela
fartura será esquecida na terra do Egito, e a fome consumirá a terra;
31 E não será conhecida a abundância na terra, por causa daquela fome
que haverá depois; porquanto será gravíssima.
32 E que o sonho foi repetido duas vezes a Faraó, é porque esta coisa
é determinada por Deus, e Deus se apressa em fazê-la.
O sábio conselho de José — “Portanto, Faraó previna-se agora de um homem entendido e sábio, e o
ponha sobre a terra do Egito. Faça isso Faraó e ponha governadores sobre a
terra, e tome a quinta parte da terra do Egito nos sete anos de fartura, e
ajuntem toda a comida destes bons anos, que vêm, e amontoem o trigo debaixo da
mão de Faraó, para mantimento nas cidades, e o guardem. Assim será o mantimento
para provimento da terra, para os sete anos de fome, que haverá na terra do
Egito; para que a terra não pereça de fome” (vv. 33-36). 37 E
esta palavra foi boa aos olhos de Faraó, e aos olhos de todos os seus servos. 38 E
disse Faraó a seus servos: Acharíamos um homem como este em quem haja o
espírito de Deus? O homem é você José! Não conhecemos outro igual ou melhor…
39 Depois disse Faraó a José: Pois que Deus te fez saber tudo isto,
ninguém há tão entendido e sábio como tu.
40 Tu estarás sobre a minha casa, e por tua boca se governará todo o
meu povo, somente no trono eu serei maior que tu.
41 Disse mais Faraó a José: Vês aqui te tenho posto sobre toda a
terra do Egito.
42 E tirou Faraó o anel da sua mão, e o pôs na mão de José, e o fez
vestir de roupas de linho fino, e pôs um colar de ouro no seu pescoço.
43 E o fez subir no segundo carro que tinha, e clamavam diante dele:
Ajoelhai. Assim o pôs sobre toda a terra do Egito.
44 E disse Faraó a José: Eu sou Faraó; porém sem ti ninguém levantará
a sua mão ou o seu pé em toda a terra do Egito.
45 E Faraó chamou a José de Zafenate-Panéia, e deu-lhe por mulher a
Azenate, filha de Potífera, sacerdote de Om; e saiu José por toda a terra do
Egito.
46 E José era da idade de trinta anos quando se apresentou a Faraó,
rei do Egito. E saiu José da presença de Faraó e passou por toda a terra do
Egito.
Alguns pensam que José fora enviado à frente de
Jacó e daqueles (sessenta e seis) que desceram com ele ao Egito para salvar à
descendência deles… Coaduno – evidentemente; mesmo porque, o próprio José falaria
assim mais tarde (45.7); porém, José fora muito maior que isso, muito mais que
o cidadão do qual Deus se utilizou para salvar aos seus. Homens da envergadura
de José fazem muito mais… então ele salvou os seus; aos seus, os irmãos
terrenos do Cristo…, e muitos outros povos que não tinham quaisquer
envolvimentos com ele ou com sua família. Por isso o título dado pelo próprio
Faraó: “Zafenate-Panéia” (v. 45). Termo egípcio que significa: O
SALVADOR DO MUNDO. José
não salvou aos egípcios, nem aos hebreus (meramente), salvou o mundo todo!
47 E nos sete anos de fartura a terra produziu abundantemente.
48 E ele ajuntou todo o mantimento dos sete anos, que houve na terra
do Egito; e guardou o mantimento nas cidades, pondo nas mesmas o mantimento do
campo que estava ao redor de cada cidade.
49 Assim ajuntou José muitíssimo trigo, como a areia do mar, até que
cessou de contar; porquanto não havia numeração.
50 E nasceram a José dois filhos (antes que viesse um ano de fome),
que lhe deu Azenate, filha de Potífera, sacerdote de Om.
51 E chamou José ao primogênito Manassés, porque disse: Deus me fez
esquecer de todo o meu trabalho, e de toda a casa de meu pai.
52 E ao segundo chamou Efraim; porque disse: Deus me fez crescer na
terra da minha aflição.
53 Então acabaram-se os sete anos de fartura que havia na terra do
Egito.
54 E começaram a vir os sete anos de fome, como José tinha dito; e
havia fome em todas as terras, mas em toda a terra do Egito havia pão.
55 E tendo toda a terra do Egito fome, clamou o povo a Faraó por pão;
e Faraó disse a todos os egípcios: Ide a José; o que ele vos disser, fazei.
56 Havendo, pois, fome sobre toda a terra, abriu José tudo em que
havia mantimento, e vendeu aos egípcios; porque a fome prevaleceu na terra do
Egito.
57 E de todas as terras vinham ao Egito, para comprar de José;
porquanto a fome prevaleceu em todas as terras.
A gente se fala
depois!
Até breve.
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