A “DURADITA”

No meu tempo de infância
Já dizia um poeta / cantor:

“Eu sou do povo, eu sou um ‘Zé-Ninguém!’
Aqui em baixo as leis são diferentes…
Eu sou do povo, eu sou um ‘Zé-Ninguém!’”.

É divertido, mas, não é fácil ser ‘do povo’; isto é, ser um cidadão comum… pelo menos, não no Brasil. Embora ainda sonhamos com um País melhor!
A propósito: Eu (Antonio Demétrio da Silva), brasileiro, orgulhosamente bem casado, mui honrado pai de quatro filhos, PIS 122121335-12, não sou ninguém, especialmente no cenário político. Entretanto, tenho voz! Ah! E mãos hábeis para escrever…
Dizem que os poetas são mentirosos profissionais! Porém, como diria o célebre e nobre senador, política e ecologicamente correto (Mão Santa), de quem (atualmente) tenho tido a honra de ser telespectador assíduo, pela TV Senado: “Eu mostro o pau e a cobra”.
Excelência, eu também sou nordestino (com muito orgulho) e poeta… tenho até algumas de minhas poesias veiculando na Web em meu modesto blog, para o qual tomo a liberdade de usar suas palavras e sugerir a Vsa Exª que: “atentai bem!” ademetriosilva.blogspot.com, só nunca aprendi mentir… quiçá, porque no nosso nordeste esse seria o maior pecado cometido por um homem com “H”.
Moro em Goiás desde dezembro de 1970, eu tinha apenas três anos de idade, nem conheço o meu querido estado, que nem chega a ser o PI, mas, é o RN.
Em 14 de abril de 1981 me mudei para a bela cidade de Goiânia—GO e, graças a uma memória não muito ruim que Deus me deu, me lembro de alguns dos principais acontecimentos desde então ocorridos Neste País, ‘infectando’ digo, afetando, inclusive o estado de Goiás.
Não sei dizer se em abril de 1981 havia leis pátrias que proibissem pichar muros… sei que pelo menos os muros de Goiânia eram pichados, e que, na maioria deles estava escrito: “Soltem o Lula… libertem o Lula… queremos o Lula livre”. Sabemos que: conforme a recente e triste ‘página’ da história da ditadura Neste País, o Sr Luís Inácio Lula da Silva (Lula) fora um preso político, um não, ele fora “O” preso político. O mais famoso de todos de que já se ouviu falar aqui.
De tanto aqueles ‘universitários?’ (desocupados) insistir, soltaram o Lula! E, não apenas soltaram, soltaram e o elegeram deputado, com mais de 600.000 votos, se não me trai a memória… depois disso, o Lula cresceu… tanto cresceu que, no dia em que completou 57 anos (27/10/2002) deram-lhe um “presentinho” pouco comum: deram-lhe o direito a um diploma de Presidente da República Federativa do Brasil (que veio a ser seu logo no primeiro dia do ano seguinte). Presente esse que ele sabiamente agarrou e, como uma criança birrenta não quis mais soltar. Se os senhores permitirem, os jornais e as revistas mais importantes Deste País dizem que ele quer o terceiro mandato (inclusive). Embora ele se enquadre muito bem neste grupo que o IBGE chama de analfabeto funcional e a nossa Carta Magna trata como inelegíveis (Art. 14).
Não fora somente o Lula, eu também cresci. Cresci e tornei-me cantor, músico, compositor, alfaiate (DEMÉTRIO’S ALFAIATE), teólogo, poeta e,… (quando Deus me abençoar e me der condição financeira de editar meu primeiro livro, que já está pronto em uma das gavetas do meu modesto escritório, há oito anos — completados em 25/01/09), pretendo me firmar como escritor.
E no cenário político, o que mais ocorreu em todos esses anos? A dura ditadura caiu… instaurou-se a nova república, cidadãos nobres e honrados como Tancredo Neves (substituído por seu preposto) José Sarney, Fernando Collor de Melo — um dos homens mais inteligentes do Brasil, que, na minha humilde opinião só cometera dois equívocos: 1) comprou briga com os ‘marajás’ (eu pensei vagabundos e ou fantasmas) de seu estado e, ao assumir a presidência, 2) tentou igualar às classes sociais, um feito que nem mesmo Jesus Cristo conseguiu, embora haja mudado para sempre o mundo inteiro, como Vossa Excelência bem sabe e cita com bastante propriedade em seus sábios pronunciamentos, Itamar Franco e FHC, (a quem, não por acaso os senhores senadores, especialmente os do PSDB, chamam de grande estadista, eu também o trato assim, acho até que estadista é pouco para designar quem realmente fora um dos melhores presidentes que já tivemos), desempenharam importantes papéis na sede do poder executivo… destarte, após quatro tentativas, chegou a vez do Lula! Que ainda está lá! Não o Lula, mas a sua cadeira, na qual (provavelmente), pouco sentou entre uma e outra viagem (a gente só ouvia, na Zorra, os humoristas exclamarem: “Olha o Lula indo… vindo!”.
Lamento que tudo que ele pregara desde 1981, fora facilmente esquecido a partir do dia em que o poder subiu à sua cabeça, pois, fora afetado por uma ‘cadeira’, se é que algum dia ele se sentou nela!
Enquanto os nobres senhores senadores lutam (desde 2006) para convencê-lo a melhorar à triste vida dos aposentados, eu luto para garantir o meu direito legítimo de aposentar, haja vista haver sofrido um acidente vascular cerebral (derrame) na manhã do dia 10/06/2007 e (em 11/10) daquele mesmo ano uma cirurgia cardíaca (TVM), já fui ao INSS (que em minha cidade — Caldas Novas/GO), simplesmente não funciona! Detalhe: funciona, só não sabem ou não querem atender o pobre usuário, ou melhor, o usuário pobre! Aqui, as obrigações são nossas e os direitos de um pequeno grupo de ‘privilegiados’.
Quando adentramos na sala do INSS (de Caldas Novas/GO), aconteceu comigo, comigo, e com mais algumas pessoas que estavam presentes naquele re… ‘cinto’ (e como sinto); inicialmente, achamos tudo lindo… bem decorado! Dá até uma boa primeira impressão. A segunda impressão é ainda melhor, uma vez que, nas suas paredes constava, dentre outras, a seguinte informação: “NÃO USE ADVOGADO, TODOS OS SERVIÇOS DO INSS SÃO GRATUITOS, NENHUM FUNCIONÁRIO PODE NEGAR ATENDIMENTO AO USUÁRIO OU COBRAR POR ISSO”. Aquilo deixou-nos satisfeitos… por alguns minutos, pois, na escola (secular) aprendemos que: “honestidade significa que não há contradição entre aquilo que pensamos, dizemos e o modo como agimos”.
Porém, chegou o instante de encararmos à terceira impressão, que, diga-se de passagem, é péssima! Ainda tentando me refazer da (então) recente cirurgia, depois de muito esforço (incluindo uma fila/preliminar), me deram a senha de nº 67,… sentei-me como que para esperar minha vez, logo entrou uma morena/loira, daquelas de ‘parar o trânsito’ que, ao olhar quantas pessoas seriam atendidas à sua frente, lamentou assim: “AH!!!”. ‘Prontamente’ (excitado) talvez, o irresponsável (naquela época só tive vontade de classificá-lo assim, o que não fiz por causa do Art. 331 CPP) que estava no balcão a atendeu, com tanta educação, que pensei: “puxa, os cavalheiros existem!”. Quando ela sentou, ele olhou na tela do monitor e disse: 68 (justamente o número de sua senha, ou digo, sem vergonha?).
Obviamente eu, dono da 67 e outros cinco (donos das senhas 62-66), mais idosos e possivelmente mais carentes que eu tentamos protestar,… mas o cara (descarado) do ‘balcão’ nos disse: não é minha culpa, o sistema é quem decide quem é o próximo”.
Que ‘sistema!’. No meu sistema, o computador é meu subordinado e nunca o contrário! Prefiro acreditar que ele cancelou seis senhas de atendimento só para poder oferecer um tratamento diferenciado àquela bela senhorita. Além disso, para quê nos fazer de idiotas, obrigando-nos a pegar fila para a senha, se a tal ‘senha’ na verdade é inútil? Será que os Arts. 186,187 do CC e 273 do CPC saíram de circulação e eu nem fui informado? “Eu tenho de vir mais ao Brasil!”.
Diante, disso, nos deram outras senhas,… ‘melhores’ que as primeiras, a minha nova e séria senha fora a de nº 71, teria sofrido, além do abuso e da falta de respeito, pouco, se não descobrisse que, os maus ‘funcionários’ daquela agência do INSS são meros balconistas, meros não, péssimos. Eles encaminham a gente para a ‘perícia’ com um cara que, se for médico, não age como tal:

  • Não faz nenhum exame;
  • Nenhuma pergunta relevante e;
  • A despeito de saber como se encontra o estado do meu cirurgiado coração, nem colocou uma escuta, tampouco deu importância ao atestado outorgado pelo meu médico, Dr Osmundo Gonzaga (que é um excelente cardiologista), antes, interpelou-me com a seguinte e inútil ‘indagação’ que mais parecia uma afrontação:“Por que você demorou tanto para requerer sua aposentadoria?”;
  • Tive vontade de dizer-lhe é porque eu tinha muito dinheiro guardado! Mas, educadamente, como é próprio do nosso caráter nordestino Exª, disse: — Enquanto o meu (também pobre) sogro pode arcar com todas as minhas despesas, incluindo hospedagem (por seis meses), achei desnecessário, mas, quando acabam todos os outros recursos, a gente lembra de fazer valer os vários anos de contribuição ao INSS. No meu caso, desde os velhos tempos do INPS (01/10/1983).


Aquele mesmo “médico” (mal formado, mal informado e mal educado) se consultado para liberar-nos para o mercado de trabalho obviamente diria que eu estou: incapacitado. Incapacitado é ele de exercer uma profissão tão honrada e digna como a medicina!
De volta ao balcão de peregrinação,… digo, atendimento, já estava grafado nos meus papéis o termo indeferido (quanta agilidade!), ‘fundamentado’, ou melhor, infundado nas leis 8.212 e 8.213, só pra contrariar, meu ultimo emprego entre 04/03 a 04/11 de 2008 foi no cargo de Secretário Executivo de CN Advocacia, naquele período, li a constituição cidadã de 05/10/1988(toda) mais de uma vez… e todas as outras leis disponíveis naquele escritório, inclusive as leis supra citadas e (de quebra), a lei da assistência social, que no seu Art. 4º diz que eu teria direito a requerer minha aposentadoria mesmo que nunca tivesse sido segurado do INSS. Segurado, não, por que, na verdade nós seguramos o INSS, e todos os outros ‘projetos’ do Lula e ou do PT (inclusive), mesmo não sendo nem Lula, nem Petista… o já referido Art. 4º da lei de assistência social combinado ao texto (o todo) das leis 8.213 e 8.212 (citadas nessa ordem pelo ‘chefe’ do INSS), dizem o seguinte: “Eu não apenas tenho direito à aposentadoria, tenho também, o direito legítimo de desfrutar dele a partir de 10 de junho de 2007, quando surgiu a incapacidade. Será que tenho de esperar o Lula sair de lá para conseguir conquistar algo que já é legitimamente meu? Espero que os senhores lutem como dizem pelo brasileiro, ainda que ele aparentemente seja um:

ZÉ NINGUÉM!

MULHER É TUDO DE BOM

O nosso idioma é muito extenso, com larga riqueza de sinônimos;

Ainda assim, algumas vezes, faltam palavras aos homens…

Que dizer para estas figuras de índole tão avançada?

Elogiar certamente é preciso!

Porém, muitos “indecisos” preferem tratá-las na “porrada!”.

Desde o primeiro casal — essa é uma história correta;

Quando, enfim, conheceu à Eva, o Adão logo virou poeta.

E, abrindo o seu coração, disse: “Meu Deus, Que linda pessoa!

Por ela tenho paixão e, se eu sou chamado varão, vou chamá-la de varoa”.

Alguns milênios se passaram… e, em pleno século XXI;

O homem romântico está raro — não existe quase nenhum.

Na minha singela homenagem, desejo que todas elas ouçam este som…

Sou músico e compositor — por isso escrevo no tom.

São apenas umas poucas e simples palavras; mas digo, pois tem uma em minha casa:

MULHER É TUDO DE BOM!

Caldas Novas/GO (quarta-feira), 04 de março de 2009.


Demétrio.

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