“LUTANDO PARA SER UM OBREIRO COMPLETO”

FOMOS CHAMADOS PARA SERMOS OBREIROS DO SENHOR E COMO TAIS TEMOS QUE:

IR — Em alguns muros desta cidade está escrito o seguinte: “Fazer missões é dever de todo católico!”. Se os católicos estão sendo conclamados a “fazer missões”, os crentes não podem e não devem cruzar os braços!

PREGAR — A mensagem do Evangelho é uma mensagem pura e simples! A despeito disso, não podemos confundir o ser simples com o ser ‘despreparado’. Não foi por acaso que Deus usou Paulo para dizer as seguintes palavras ao pastor Timóteo: “Procura apresentar-te a Deus aprovado!” (II Tm 2.15).
Como pregadores e mestres também temos a obrigação de saber que fomos chamados (escolhidos) para: “… tornar conhecida a multiforme sabedoria de Deus…” (Ef 3.10).
É verdade que o Evangelho que pregamos é o poder de Deus! (Rm 1.16); não obstante, nele está revelada de maneira espetacular e indiscutível a sua infinita sabedoria. Não é à toa que o Cristo anunciado através de nossas pregações fora chamado de poder e sabedoria de Deus! (I Co 1.24).
Pregar e ou ensinar à doce mensagem do Evangelho é a maior ‘paixão’ da grande maioria dos obreiros! Pelo menos é o que muitos deles dizem… sabemos que, na história da igreja pouca gente se dispôs a pregar e a ensinar com tanta dedicação e veemência quanto o apóstolo Paulo; então, na infinita sua sabedoria (diga-se de passagem), Deus usou justamente ele para escrever que:

· O Evangelho de Cristo é poder de Deus;
· Salva o judeu e também o gentio;
· Nele estão reveladas: tanto a suprema riqueza de sua graça quanto sua multiforme sabedoria;
· Fiz-me de tudo para todos, para por todos os meios (lícitos evidentemente), chegar a salvar alguns (Rm 1.16; I Co 9.22; Ef 2.7; 3.10).

FAZER DISCÍPULOS — Fazer discípulos não é uma tarefa fácil; mesmo porque, o bom ‘discipulador’ é aquele que forma pessoas ou o caráter das… como se estivera imprimindo várias cópias suas. Fosse de outro modo, Jesus não teria dito: “Eu vos dei o exemplo, para que, assim como eu fiz, façais vós também!” (Jo 13.15).

BATIZAR — O batismo nas águas não é indispensável para a salvação, mas é indispensável para o salvo (Mc 16.16).
Portanto, enquanto houver povo: contrito, carente de Deus e disposto a pedir (pela fé) o batismo, vamos batizar o maior número possível. Faz parte de nossa sublime tarefa como ministros do Santo Evangelho.

ENSINAR — Ao ordenar a grande comissão, Jesus disse: “Preguem a todas as pessoas, ensinem elas a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado…” (Mt 28.19,20).
Nenhum de nós esteve lá, não o conhecemos (pessoalmente), nem andamos com ele, à maneira como andaram os discípulos… somente através de uma ‘pesquisa’ acurada de sua Palavra, passamos a conhecer que ‘coisas’ são essas que ele nos ordena a ensinar…
Para facilitar nossa compreensão disso, existe a teologia, que está ao alcance de todos e, inseridas entre as suas matérias estão em evidência:

a) A Hermenêutica = Ciência que estuda e interpreta os livros sagrados e os textos antigos;
b) E a Homilética = A arte de montar sermões

Reconhecemos que, nem todos são formados nessas matérias, assim como nem todos foram chamados para serem mestres (Ef 4.11; Tg 3.1); destarte, não é preciso ser ‘doutor’ para:

· Dirigir um culto;
· Para fazer uma leitura ‘oficial’ na igreja;
· Pregar e ou mesmo ensinar (de vez em quando) uma lição da escola bíblica dominical.

Todavia sabendo que é: “MALDITO TODO AQUELE QUE FAZ A OBRA DO SENHOR RELAXADAMENTE!” (Jr 48.10); não nos custa pelo menos lutar para:

· Dirigir bem um culto;
· Para fazer bem à leitura ‘oficial’;
· Pregar e ou mesmo ensinar somente àquilo que realmente sirva para a edificação desse corpo do qual a única cabeça é Cristo! (Ef 4.11-13).

A propósito: Seja para quem dirige o culto, seja para o que prega ou ensina: O abuso no uso de chavões (inúteis), o vício de linguagem (também inútil e irritante) e a citação de versículos sem checar tal referência (dar exemplo), pode prejudicar e muito tanto àquele que estiver dirigindo à discussão, quanto o bom desenvolvimento do ouvinte. Ao pregar ou ensinar:

a) Jamais condene seus ouvintes; nem mesmo Jesus (onisciente) recorreu a tal prática. Ao contrário, ele disse a Nicodemos: “… quem não crê já está condenado…” (Jo 3.18), porém não sem citar o motivo;
b) Jamais ataque sua religião; sempre será possível discordar dos ‘costumes’ e das crenças ‘pagãs’ sem destacar e ou atacar diretamente à pessoa e sua religião; ou seria por acaso que Salomão escreveu que: “… O ganhador de almas (pessoas) sábio é?" (Pv 11.30);
c) Informe-lhes de que, Cristo pagou o mais alto preço para resgatá-los; fomos comprados pelo sangue daquele ‘cordeiro’ imaculado… não com coisas insignificantes como prata ou ouro.
d) E que, a graça de Deus manifesta em Cristo Jesus é suficiente para sua salvação; esta graça, trazida por Cristo (insistimos), não trouxe uma ‘salvação’ (zinha), trouxe uma salvação tão abrangente que, é capaz de alcançar a todos!
e) Escolha sempre os melhores verbos; não seja muito repetitivo nem abuse no uso de ilustrações (extensas) para não cansar o ouvinte.
f) Jamais cite um versículo se não estás inteirado de seu conteúdo; nesse caso é bem melhor abrir à Bíblia e ler;
g) Não afirme categoricamente àquilo de que não estás plenamente convencido; fale apenas o que você realmente sabe; saiba que até Jesus portou-se dessa maneira, ou não teria dito à ‘samaritana’: “… nós falamos daquilo que sabemos…”.
h) Procure evitar polêmicas e ou comentários que possam afastar os ouvintes do tema em discussão; centralize o comentário pautando-o sempre na verdade a ser ensinada e ‘enfatize’ apenas àquilo que realmente merecer destaque;
i) Jamais tente interpretar uma frase ou um versículo à revelia de seu contexto (exemplificar); algumas das verdades inseridas na (infalível) Bíblia Sagrada nunca seriam plenamente interpretadas se não levássemos em conta: o conteúdo do versículo todo, do capítulo todo, do livro todo e, até mesmo da Bíblia toda;
j) Jamais confie em tua capacidade! Não foi por acaso que Deus utilizou exatamente o homem considerado dentre todos (com exceção de Jesus) o mais sábio para escrever às seguintes palavras: “confia em Deus… e não te estribes no teu próprio entendimento…” (Pv 3.5); peça sempre a ajuda do Espírito Santo, cultive o bom hábito de estudar (pesquisar), dê o máximo de si em prol de teu desenvolvimento espiritual e para o bem daqueles que te ouvem (Rm 2.21; I Tm 4.16);
k) Prefira sempre a mensagem da cruz, a contar histórias! Seria desnecessário que o fundador do ministério de Madureira (Paulo Leivas Macalão) citasse que o: “… tema do bom pregador é o calvário?” (192). Outro Paulo (o apóstolo) explicou o ‘segredo’ nos capítulos 1° de sua carta aos irmãos de Corinto e 2° de sua carta aos de Colossos;
l) Não force à Bíblia a dizer o que ela não diz;
m) Evite orar em nome da trindade; ao chegarem-se (humildemente) a Jesus e solicitar que lhes ensinasse a orar os seus primeiros discípulos (aos quais fomos convidados a imitar), estavam também afirmando uma verdade muito importante: normalmente os ouvintes copiam até o modo de orar daqueles que têm como seus mestres… fomos (por Cristo) ensinados a orar ao Pai em seu nome. Se orarmos em nome da trindade a quem estaremos dirigindo tais palavras?
n) Jamais interprete a Bíblia sem a Bíblia! Uma das principais regras da hermenêutica diz que: “A MELHOR INTERPRETAÇÃO DA BÍBLIA É DADA PELA PRÓPRIA BÍBLIA”.

DICAS ÚTEIS

Quando você for ler um texto no Antigo Testamento, use os numerais: 1º e 2º, para Samuel, Reis e Crônicas (pois são livros).
Quando for um texto do Novo Testamento, use os numerais: 1ª e 2ª ou 3ª, para aos Coríntios ou a carta de (*) aos…, a Timóteo, a Tito, a Filemom (pois são cartas).
Por que tudo isso? Porque os numerais encontrados no AT referem-se a livros, cujo gênero é masculino; já esses mesmos numerais aplicados a quaisquer textos do NT estão correlacionados com cartas, que pertencem ao gênero feminino.
Portanto, o soar aos ouvidos de seus ouvintes passará a ser bem mais agradável e (com certeza), sua mensagem será bem mais fácil de ser compreendida.
Render graças ao Senhor nosso Deus (seja através de glórias, aleluias e ou por gestos e cacoetes) é muito bom.Apesar disso, devemos levar em conta os fatores:
· Quando devemos dizer ‘glória’ a Deus;
· Em que ponto da mensagem encaixa-se o nosso ‘aleluia’.

Vejamos um exemplo: Suponha que um pregador estaria a pregar e, em tal instante de sua mensagem ele diz: “… então Saul lançou-se sobre sua espada e suicidou-se”. Justamente nesse ponto um ‘espiritual’ (desligado de tudo e de todos) ou o próprio ‘pregador’ (despreparado) exclama: “ALELUIA OU GLÓRIAS SEJAM PARA SEMPRE DADAS A DEUS!”.
Sem dúvida, são expressões belíssimas e foram adotadas por Deus para o louvor de sua glória! Porém, naquele momento soará muito mal e (sempre), deixará a impressão de que: “… somos insensíveis” (Lc 7.32). Parece que a essa altura da narrativa o mais sensato seria exclamarmos: MISERICÓRDIA!
Toda vez que concluíres uma pregação ou ensino faça pelo menos sete perguntas a si mesmo:

1) Será que fui claro quanto aos objetivos dessa mensagem?
2) Apresentei esse assunto da melhor maneira?
3) Os ouvintes se mostraram interessados?
4) O auditório participou direta ou indiretamente do debate?
5) Os métodos que escolhi combinaram com o tema?
6) Os objetivos propostos foram alcançados?
7) O que posso fazer para melhorar meu desempenho quando pregar e ou ensinar?

CONCLUSÃO

Enquanto existir igreja na terra (infelizmente), muitos obedecerão: “… a espíritos enganadores, a doutrinas de homens e até a ensinos de demônios… outros pregarão contra o casamento, proibirão à degustação de alimentos os quais o próprio Deus criou e abençoou… porém (pela graça, providência e para a glória de Deus), sempre haverá pessoas dispostas a esclarecer aos irmãos… Deus sempre irá levantar bons ministros que alimentem seu povo com a palavra da fé e com a boa e sã doutrina… o Senhor quer que exercitemo-nos (pessoalmente) na piedade… ensinemos (dando e sendo exemplos) estas verdades… apliquemo-nos à leitura, à exortação e ao ensino; pois, só fazendo isso, salvaremos tanto a nós mesmos quanto àqueles que nos ouvem” (paráfrase — I Tm 4).
Certamente é desejo de Deus que cumpramos bem a nossa missão! Mas, não somente dele, achamos que, cada obreiro do Senhor almeja cumprir suas tarefas designadas por ele… quem na quer chegar lá e ouvir: “… muito bem, servo bom e fiel?”. Todo servo bom e fiel será recompensado naquele dia… e, convidado a entrar às bodas do cordeiro; portanto, esforcemo-nos e não desfaleçamos, pois a nossa obra (no Senhor) não será vã!
Que Deus nos conceda mais de sua graça para podermos fazer sempre o que for melhor para o bem-estar de sua obra na terra!

Caldas Novas — segunda-feira, 19 de fevereiro de 2007 Evangelista Demétrio

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